
Nesta quarta-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro a um hospital para realizar um procedimento médico. O deslocamento vai ocorrer com escolta policial.
Bolsonaro está em prisão domiciliar e precisa de permissão do ministro Alexandre de Moraes para sair de casa. É a segunda vez desde que a medida foi adotada, há pouco mais de um mês, que o ex-chefe do Palácio do Planalto pede para deixar o cárcere por questões de saúde.
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O código indicado para o procedimento indicado é o de “exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus”, uma cirurgia para remover lesões da pele. Os motivos indicados foram um novo melanocítico do tronco e uma neoplasia de comportamento incerto, um tumor que pode ser definido como benigno ou maligno.
Moraes determinou que Bolsonaro se apresente ao Supremo, no prazo de 48 horas após a finalização do procedimento, o atestado de comparecimento, informando data e horário dos atendimentos. O ministro frisou que, nos termos da decisão proferida por ele no fim de agosto, todos os carros que saírem da casa de Bolsonaro serão vistoriados.
A ida de Bolsonaro ao hospital deve ocorrer dois dias após o término do julgamento da ação penal da trama golpista, na qual o ex-presidente é acusado de ter tentado um golpe de Estado.
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No mês passado, Bolsonaro foi autorizado a ir para o hospital realizar uma série de exames. Após os procedimentos, um boletim médico informou que havia persistência de esofagite e gastrite, além de “imagem residual” de infecções pulmonares recentes.
A saúde foi o motivo citado pelos advogados do ex-presidente para justificar sua opção por acompanhar o julgamento da trama golpista de casa. Como é réu, ele poderia solicitar autorização de Moraes para assistir às sessões presencialmente na Primeira Turma do STF.
“O ex-presidente tem uma saúde extremamente fragilizada hoje. Estive com ele, ele tem crises de soluço muito fortes, é até aflitivo. A orientação médica é de que ele permaneça em casa porque aqui (no STF) é muito estressante tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, são muitas horas de julgamento”, afirmou o advogado Paulo Amador Bueno na quarta-feira






