O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já admite a aliados a possibilidade de apoiar a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2026, segundo apurou ‘O Globo’. No entanto, Bolsonaro deixa claro que, caso esteja preso, deseja que a ex-primeira-dama Michelle seja vice na chapa. Em suas avaliações, a presença do sobrenome da família é essencial para percorrer o país ao lado de Tarcísio e manter influência sobre a campanha.

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Obstáculos para a chapa Tarcísio-Michelle

A formação da dupla enfrenta três desafios principais: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se posiciona contra a candidatura do governador paulista e promete campanha de fogo amigo direto dos EUA; líderes do Centrão, em especial o senador Ciro Nogueira (PP-PI), pressionam por um lugar na vice-presidência; e o próprio Tarcísio pondera que a escolha de uma chapa diversa poderia ampliar seu eleitorado em regiões como Nordeste e Minas Gerais.

Michelle se posiciona e recua

Em entrevista ao The Telegraph, Michelle disse que se levantaria “como uma leoa” para defender valores conservadores, sugerindo disposição para concorrer. Contudo, dias depois, durante evento do PL Mulher, reafirmou apoio a Bolsonaro, mesmo inelegível, e negou interesse em disputar a Presidência, preferindo manter-se como primeira-dama.

Visita de cortesia e estratégia eleitoral

Na segunda-feira, Tarcísio visitou Bolsonaro em prisão domiciliar em Brasília. Condenado a 27 anos e três meses no caso da trama golpista, o ex-presidente aguarda definição sobre o início do cumprimento da pena. O governador negou a candidatura, reafirmando intenção de reeleição em São Paulo, e ressaltou que a visita foi de cortesia. Aliados apontam que ele terá até abril de 2026 para decidir entre concorrer à Presidência ou permanecer no Palácio dos Bandeirantes.

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Cenário político e futuras estratégias

Tarcísio é considerado pelo Centrão o nome mais viável da direita para enfrentar Lula, embora com custos mais altos que outros governadores. Conselheiros indicam que a eleição ideal para ele seria em 2030, garantindo reeleição estadual e deixando o campo nacional mais favorável.