“Acho que vai ser um grande aprendizado. O meu papel aqui é ser um instrumento de informação para que as pessoas possam conhecer e saber mais um pouco sobre a esquizofrenia”, diz Bruno Gagliasso sobre Tarso, seu personagem em Caminho das Índias. Na trama, o rapaz vai apresentar um quadro de doença mental e terá que lidar com a incompreensão da família, que não consegue aceitar o problema, informa o site oficial da trama.
“Esse personagem só me enriquece como ator e ser humano. Falar e estudar sobre isso só me ajuda a fazer meu papel social. A televisão é o maior veiculo de comunicação com a sociedade, então, se a gente pode fazer isso através do nosso trabalho, da nossa arte, é muito gratificante e enriquecedor!”, explica o ator.
Para se preparar para o papel, Bruno chegou a visitar algumas clínicas psiquiátricas, leu livros e conviveu com portadores de doenças mentais. “Mas, na verdade, o meu laboratório não acabou, só começou! Eu acho que o verdadeiro laboratório é feito durante a novela. Quanto mais ele mostrar esse traço de esquizofrenia, mais eu vou ter que estudar, trabalhar e conhecer”, revela.
Sobre os motivos que levam Tarso a adoecer, Bruno acredita que a sensibilidade do rapaz, unida às pressões familiares, podem fazer com que ele fique cada vez mais debilitado. “Fora que ele tem uma predisposição à esquizofrenia e é isso que vai fazê-lo sair do trilho. Ninguém o enxerga e o escuta e ele precisa de ajuda! E essa pressão dos pais, tudo por que ele passa faz com que ele acaba se sentindo invisível, sem saber o que ele é de verdade. E isso tudo vai fazê-lo ficar do jeito que vocês vão ver na novela!”, adianta Bruno.
O ator conta ainda que acabou emprestando um pouco de si para Tarso: “Sou um pouco eu que estou ali. Uma coisa que me chama atenção em relação a nossa semelhança é o fato de ele ter uma sensibilidade para as artes e eu também! Agora , diferentemente do Tarso, eu teria mais atitude. Por exemplo, eu não iria para a empresa e pronto! Mas, por outro lado, eu não teria os pais que ele tem. Até mesmo porque os pais fazem as coisas que fazem achando que estão fazendo pelo bem do menino e isso passa pela cabeça dele. E eu sinto nele um clamor do tipo: ‘poxa, me escuta, me ouve!’, em vão”.
Torcendo para que seu personagem acabe saindo vitorioso dessa situação, Bruno opina sobre qual o melhor caminho para que Tarso consiga superar seus problemas: ”Eu trabalho muito, tenho uma família maravilhosa, que me apóia em tudo que eu faço. Então, um conselho que dou para o Tarso é que ele enfrente os pais, lute mais pelo que ele quer, enfim, seja mais ele!”







