
Com a maioria formada na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para condenar Jair Bolsonaro a mais de oito anos de prisão no caso da trama golpista, o ex-presidente será obrigado a cumprir pena em regime fechado, conforme o Código Penal.
A possibilidade de ir para a cadeia ou permanecer encarcerado em casa tem movimentado os bastidores de Brasília. Há quatro opções sobre a mesa de discussões: a manutenção da prisão domiciliar; uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal; na penitenciária estadual da Papuda; ou no Comando Militar do Planalto.
STF tem maioria para condenar Bolsonaro por organização criminosa
Nesta quinta-feira (11), a defesa do ex-presidente indicou que deve pedir prisão domiciliar após o fim do julgamento na Primeira Turma. “Eu não vou antecipar nada disso, mas evidentemente (podemos pedir a prisão domiciliar). O presidente Bolsonaro tem uma situação de saúde muito delicada. Não vou antecipar o que acontecerá ou não, mas isso pode ser levado à mesa, sim”, disse o advogado Paulo Bueno à imprensa, ao chegar ao STF nesta quinta-feira.
A decisão final caberá ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação penal e trata o caso com sigilo. As autoridades, no entanto, já começaram a debater a questão, por ser preciso elaborar um planejamento e preparação para abrigar um ex-presidente da República em suas dependências.
Como informou O Globo, Bolsonaro tem manifestado a aliados o receio de ser levado à Papuda. Aliados, porém, tentam acalmá-lo e consideram que é improvável que isso ocorra. Esses interlocutores veem a cela da PF como um destino provável.
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Integrantes do Supremo e do governo Luiz Inácio Lula da Silva consideram remota a chance de Bolsonaro ser preso em um quartel, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens da Presidência que virou delator no inquérito, e como se dá atualmente com o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e Defesa.






