
A Casa 1, reconhecida por acolher jovens LGBTs em situação de vulnerabilidade em São Paulo, enfrenta uma grave crise financeira e pode encerrar as atividades em breve. O problema surgiu após o governo Donald Trump extinguir programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) nos Estados Unidos, medida que interrompeu o financiamento de duas instituições norte-americanas que apoiavam o projeto.
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Crise ameaça continuidade do acolhimento
Fundada em 2017 pelo jornalista e relações públicas Iran Giusti, a Casa 1 oferece moradia, atendimento psicológico e cursos de capacitação profissional para jovens LGBTs vítimas de violência e discriminação. O espaço realiza cerca de dois mil atendimentos mensais e atualmente acolhe 12 pessoas, mas a falta de recursos ameaça o funcionamento do projeto.
Com um custo mensal de R$ 250 mil, a instituição depende majoritariamente de doações de pessoas físicas, que representam até 70% das arrecadações. Além disso, enfrenta dificuldade para obter apoio público e empresarial, o que tem agravado a situação financeira. Segundo Giusti, o espaço só tem recursos suficientes para se manter até janeiro.
Perda de apoios e impacto social
O fundador explica que, além do corte internacional, empresas e marcas têm reduzido investimentos em ações de diversidade, diminuindo de 300 parcerias em 2023 para apenas uma em 2025. “Afetou da Casa 1 até a ONU”, afirmou, destacando que a decisão americana prejudicou até programas de combate ao HIV geridos pela ONU.
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Desde sua criação, a Casa 1 acolheu centenas de jovens e imigrantes LGBTs, oferecendo abrigo, formação e acolhimento psicológico. Agora, sem novas fontes de financiamento, o futuro do projeto está ameaçado, colocando em risco uma das mais importantes iniciativas sociais voltadas à comunidade LGBTQIA+ no país.






