
O governo federal realizou nesta quarta-feira (12) a transferência de sete chefes do Comando Vermelho para a penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. A operação, conduzida pela Polícia Penal Federal, reforça o endurecimento no combate ao crime organizado após a megaoperação que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
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Chefões sob isolamento máximo
Os detentos agora dividem a mesma unidade que abriga Fernandinho Beira-Mar, primeiro preso do sistema federal, mas não terão contato direto com ele ou entre si. Cada um ficará em cela individual, isolado por 22 horas diárias e sob vigilância contínua. Segundo o Ministério da Justiça, o objetivo é enfraquecer as comunicações entre lideranças criminosas.
Com as novas transferências, o Rio de Janeiro se tornou o estado com o maior número de presos em penitenciárias federais — 66 no total. Só em 2024, já são 19 detentos de alta periculosidade enviados para o sistema federal.
Pedido do governo do Rio
O governador Cláudio Castro comemorou a decisão e reforçou o discurso de combate ao crime: “Com essas novas remoções, já são 42 líderes criminosos transferidos do Rio de Janeiro no meu governo. O enfrentamento ao crime é permanente. Não vamos permitir que o Rio vire um resort do crime”, escreveu nas redes sociais.
Casos emblemáticos e repercussão
Entre os transferidos estão nomes como My Thor e Naldinho, apontados como figuras-chave do tráfico. A medida teve forte respaldo popular: pesquisa Genial/Quaest mostrou que 67% dos brasileiros aprovam a operação no Rio, embora 55% rejeitem ações semelhantes em seus próprios estados.
A transferência representa, portanto, mais um capítulo da disputa entre o governo e o crime organizado, com atenção redobrada sobre os próximos passos dessa política de endurecimento.
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