
O ataque que vitimou Allane de Souza Pedrotti Matos, 41, e Layse Costa Pinheiro, 40, no Cefet-RJ, unidade Maracanã, reacendeu alertas sobre falhas na gestão de riscos dentro da instituição federal. As duas servidoras foram mortas a tiros na sexta-feira pelo técnico-administrativo João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves, 47, que se suicidou logo após o ataque. Documentos do próprio órgão revelam que o agressor já havia sido alvo de medidas administrativas, incluindo afastamento cautelar e mudança compulsória de setor.
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De acordo com registros do Boletim de Gestão de Pessoas, João Antônio foi afastado por 60 dias em setembro de 2024 e teve o afastamento prorrogado em novembro. Mesmo durante o período, continuou recebendo remuneração. Em maio de 2025, o Ministério da Educação publicou portaria transferindo-o da diretoria de ensino para o departamento de Ensino Médio e Técnico, realocando-o na Coordenação dos Cursos Subsequentes.
Histórico de conflitos, ações judiciais e desconforto entre colegas
O servidor tentou judicialmente obter indenização alegando prejuízos após a remoção, mas o Tribunal Regional Federal da 2ª Região não deu prosseguimento à ação, determinando ainda que ele arcasse com as custas processuais. Em recurso subsequente, João Antônio afirmou que sua saúde mental estaria sendo afetada e pediu nova transferência, mas o pedido também foi negado. Relatórios médicos anexados ao processo concluíram que ele permanecia apto ao trabalho.
Mesmo deslocado de função, sua presença voltava a causar apreensão. Colegas relatam que Allane temia o comportamento dele, descrito como opressor. Segundo o funcionário Magdaleno Fabiano,
“Eu o via toda segunda-feira e terça-feira antes das 7h da manhã, porque ele ficava em uma sala em frente a minha coordenação. Ele havia sido afastado depois de ameaçar e fazer denúncias administrativas falsas sobre Allane e sobre outras pessoas superiores a ele.”
Após o ataque, o prédio foi evacuado e o corpo do agressor encontrado ao lado da arma usada. O escritório Oliveira Peixoto Advogados afirmou estar “legalmente impedido de divulgar dados relacionados cliente” e manifestou solidariedade às famílias.
A Delegacia de Homicídios da Capital segue investigando o caso. Para apoio emocional e prevenção ao suicídio, o CVV atende gratuitamente pelo número 188.
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