A segunda matéria da série Jóias do Brasil, que vai ao ar no Jornal da Globo desta sexta-feira, dia 19, vai mostrar as cerâmicas de Cunha, cidade localizada entre São Paulo e Rio de Janeiro. A equipe de reportagem acompanhou uma queima de cerâmica, que dura de 24 a 29 horas. Cada ceramista faz, por ano, no máximo três queimas e trabalha meses para criar as peças. A queima da cerâmica virou um ritual na cidade.
O artesanato em Cunha começou há 20 anos quando um casal de japoneses chegou à cidade. No Japão, a madeira utilizada para a queima da cerâmica era muito cara. Em Cunha, os imigrantes encontraram a madeira barata, o barro e a geografia da cidade – entre duas grandes capitais – favoráveis para o artesanato. No início, os moradores não conheciam nada sobre o assunto e, se antigamente trabalharam como assistentes, hoje são grandes artistas.
Christiane Pelajo vai mostrar o processo de criação da cerâmica, passando pela queima, e a ansiedade dos artesãos para ver o trabalho pronto. Após a queima, o forno demora cinco dias para esfriar e só depois deste período é possível retirar a peça.
Na próxima semana, a matéria da série Jóias do Brasil vai mostrar o trabalho realizado em conjunto pelos artistas das cidades de Valente, no sertão da Bahia, e Salinas, no norte de Minas Gerais.
