
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) instaurou, nesta quarta-feira (22), um procedimento para apurar as circunstâncias da morte da chef de cozinha Paloma Alves Moura, de 46 anos. Segundo denúncias, ela teria sangrado até a morte após esperar por atendimento no Hospital do Tricentenário, localizado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
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Em nota, o Cremepe informou que há um expediente em andamento para averiguar os fatos e ressaltou que as sindicâncias tramitam sob sigilo, conforme o Código de Processo Ético-Profissional.
Família denuncia negligência e pede justiça
De acordo com familiares, Paloma deu entrada na unidade hospitalar por volta das 8h do dia 8 de outubro, sendo encaminhada para a maternidade, onde foram solicitados um hemograma e um Beta HCG. Segundo relato da amiga Thais Leal, a chef ficou cerca de quatro horas com hemorragia sem o mínimo de assistência médica.
Ainda conforme a denúncia, os profissionais de saúde teriam suspeitado erroneamente de um aborto provocado, o que teria atrasado o atendimento. “Isso não é erro. Isso é negligência. Isso é crime. Quem vai responder por essa omissão?”, escreveu Thais nas redes sociais.
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Hospital nega omissão e afirma ter prestado socorro imediato
Em resposta à CNN, o Hospital do Tricentenário negou as acusações, afirmando que Paloma foi acolhida imediatamente por uma equipe médica especializada. A instituição declarou que a paciente chegou à emergência obstétrica relatando dores e sangramento vaginal há cerca de 15 dias.
O hospital informou ainda que foram realizados exames laboratoriais, transfusão de sangue e intubação, além de uma tentativa de transferência, que não ocorreu devido à instabilidade clínica da paciente.
Enquanto o caso é apurado por três frentes — Cremepe, Secretaria de Saúde de Olinda e Polícia Civil —, familiares exigem responsabilização. “A vida da minha amiga não pode ser reduzida a mais uma estatística”, lamentou Thais.






