
O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação e inelegibilidade de Cláudio Castro (PL) e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi suspenso e deve ser retomado apenas no próximo ano. Ministros ouvidos reservadamente afirmam que o pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira interrompeu o processo, abrindo espaço para intensas articulações políticas.
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O caso envolve ações movidas pelo Ministério Público Eleitoral e por Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-candidato ao governo do Rio. A acusação aponta abuso de poder político e econômico no chamado “escândalo do Ceperj”, revelado em 2022, que expôs uma suposta “folha de pagamento secreta” com 45 mil contratados temporários, incluindo cabos eleitorais e aliados de Castro.
Nos bastidores, de acordo com a coluna da Malu Gaspar para ‘O Globo’, o clima é de tensão. Fontes do tribunal relatam pressões e lobbies que envolvem nomes de peso, como ministros do STF, o prefeito Eduardo Paes, Davi Alcolumbre e até o Palácio do Planalto. O ambiente de disputa interna levou Ferreira a sinalizar que precisará de mais tempo para analisar as provas e os desdobramentos políticos do caso.
Estratégia e repercussão política no TSE
O pedido de vista pode durar até 60 dias, empurrando o desfecho para depois do recesso do Judiciário. Uma ala da Corte acredita que é melhor “esperar a poeira baixar”, especialmente após o incômodo causado pela decisão da presidente Cármen Lúcia de pautar o caso logo após a operação que deixou 121 mortos no Complexo da Penha e do Alemão.
Aliados de Castro torcem por uma demora estratégica, esperando que o caso volte à pauta quando Kassio Nunes Marques — visto como mais próximo da classe política — assumir a presidência do TSE. O resultado pode definir não apenas o futuro do governador, mas também o rumo político do Rio de Janeiro.
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A queixa de Cláudio Castro sobre Lula após megaoperação no Rio
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