Dinorá tá que não se agüenta. Inconformada com essa história de cerimônia na igreja, vestido de noiva e tudo mais segundo ela, uma idéia de sua autoria, descaradamente roubada pela sem graça da Gilda – ela decide acabar com o casamento do ex-marido (ou seria marido ainda?). Mas pretende fazê-lo de modo a deixar bem claro que Gustavo nunca vai ser feliz com outra mulher, senão ela. Mas o que fazer? Ora, atacar a “sem graça” no seu maior diferencial. Não coincidentemente, esse diferencial é o maior recalque de Dinorá: justamente o vestido de noiva.
Sérgio Otávio vem a calhar nessa hora. Graças a ele, Dinorá consegue se infiltrar no ateliê do estilista responsável por confeccionar o vestido. Vai travestida de faxineira noturna e, à noite, quando todos saem, Dinoná e a indumentária da inveja ficam frente a frente. O que Dinorá faz ali, gente, só será visto poucas horas antes do casório, mas tem o efeito de um ataque de milhares de urubus ao mesmo tempo.
Estão todos nervosíssimos antes da cerimônia, mas Gilda está uma pilha. Nada está bom cabelo, maquiagem, sapato, perfume. Pra ela, tudo está errado. No fundo, está varada por uma intuição nefasta. No seu subconsciente, ela crê que algo vai sair errado. E está certíssima. Belisário abre a porta. É a entrega do ateliê, uma caixa grande, vistosa. Curioso, ele dá uma espiada, mas, no que abre a caixa, torce o nariz. Será, pensa ele que a moda atual chegou ao cúmulo da extravagância?
Quando Virgínia vem e vê o vestido, imediatamente desfaz as dúvidas de Belisário. Não, aquilo não é extravagância é sabotagem mesmo. A última a ver a criação do estilista é a própria Gilda. É bater o olho e desmaiar, durinha no chão. É um corre-corre, um deus nos acuda. Pra resumir: naquele dia não tem mais casamento. O que é um alívio, afinal, se tivesse, veríamos uma cena absolutamente incomum. Uma noiva se casando inteiramente vestida de negro.
Essas cenas devem ser exibidas a partir de sexta-feira, dia 14.






