
A Procuradoria-Geral da República (PGR) estabeleceu como uma de suas prioridades para os últimos meses de 2025 definir o futuro do inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro pela venda de joias recebidas da Arábia Saudita.
O procurador-geral, Paulo Gonet, sinalizou a interlocutores que o caso é uma das suas prioridades na reta final do ano e que só vai “atrasar” essa análise se outras questões mais urgentes surgirem.
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Decisão no caso das joias de Bolsonaro dependerá de provas além de delações, aponta análise da PGR
A Polícia Federal concluiu seu trabalho no inquérito das joias sauditas com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A força-tarefa apontou que a operação, orçada em cerca de R$ 6,8 milhões, tinha como objetivo central o enriquecimento ilícito do ex-mandatário.
Com o relatório encaminhado, a bola agora está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem diante de si três opções formais: oferecer denúncia contra os investigados, solicitar novas diligências para complementar o material probatório ou, por fim, requerer o arquivamento definitivo do caso.
Segundo fontes próximas ao procurador-geral Paulo Gonet, a decisão não será meramente técnica ou automática, mas pautada por um critério de materialidade concreta.
O precedente mais recente e relevante é o arquivamento do inquérito sobre a fraude no cartão de vacinação, que ocorreu mesmo com o indiciamento de Bolsonaro pela PF.
Na ocasião, Gonet entendeu que não era possível sustentar uma acusação penal com base apenas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, sem outras provas capazes de corroborar suas declarações de forma independente.
Paralelamente, a PGR também avaliará o impacto da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que classificou os presentes recebidos por chefes de Estado como bens de natureza pessoal.
Embora esse posicionamento seja considerado, fontes afirmam que ele não será determinante para o desfecho, pois a análise penal da PGR segue parâmetros próprios e autônomos, focados na comprovação da intenção criminosa e da efetiva prática ilegal. A expectativa é que uma definição seja tomada ainda no decorrer de 2025.
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