
O ministro Alexandre de Moraes celebrou publicamente, nesta sexta-feira (12), a decisão dos Estados Unidos de retirar seu nome da lista de sanções da Lei Magnitsky. Para o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), o recuo do governo norte-americano representa uma “vitória do Judiciário brasileiro” e a comprovação de que “a verdade venceu”.
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Moraes comemora retirada das sanções
Durante participação no evento de lançamento do SBT News, novo canal de notícias da emissora, Moraes destacou que jamais solicitou intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para derrubar as punições impostas pelo então presidente Donald Trump. Segundo ele, a confiança sempre foi de que os fatos prevaleceriam.
— “Nós podemos dizer com satisfação, com humildade, mas com satisfação, que foi uma tripla vitória. A vitória do Judiciário Brasileiro. Judiciário Brasileiro que não se vergou a ameaças, e coações, e não se vergará e continuou com imparcialidade, seriedade e coragem. A vitória da soberania nacional. O presidente Lula, desde o primeiro momento, disse que o país não iria admitir qualquer invasão da soberania brasileira. Mas mais do que tudo isso, a vitória da democracia” — declarou o ministro.
Evento reúne autoridades
Além de Moraes e do presidente Lula, o evento contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça). Em seu discurso, Moraes reforçou o papel institucional do país no cenário internacional.
— “O Brasil chega hoje, quase final de ano, o Brasil chega dando exemplo de democracia e força institucional a todos os países do mundo” — acrescentou.
Decisão dos EUA e contexto político
O governo dos Estados Unidos anunciou oficialmente a retirada de Alexandre de Moraes, de sua esposa Viviane Barci de Moraes e de um instituto ligado à família do ministro da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. O comunicado foi divulgado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, sem detalhar os motivos da decisão.
As sanções haviam sido impostas em julho, no mesmo período em que Trump anunciou tarifas contra exportações brasileiras. À época, Moraes foi acusado de violar direitos humanos por sua atuação como relator do processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Com o distensionamento das relações entre Brasil e Estados Unidos, a medida foi revertida, encerrando um dos capítulos mais tensos da diplomacia recente.
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