
A queda do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), registrada nesta sexta-feira (05), provocada pela indicação de Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República, só encontra paralelo recente em 8 de março de 2021.
Nesse dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou seus direitos políticos, em decisão do ministro Edson Fachin, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Fachin anulou todas as condenações do petista relacionadas à Lava Jato. As informações são do portal g1.
Nesta sexta-feira, o Ibovespa caiu 4,31%, aos 157.369,36 pontos. Em 8 de março de 2021, ele fechou com recuo de 3,98%, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.
Antes disso, o baque mais intenso havia ocorrido em 22 de fevereiro de 2021, com baixa de 4,87%. Nessa data, o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para assumir o cargo de presidente da Petrobras.
Dólar dispara
Já o dólar disparou nesta sexta-feira. A moeda americana subiu 2,31%, cotada a R$ 5,43, o maior valor desde 16 de outubro.
A indicação de Flávio Bolsonaro foi feita pelo pai, o ex-presidente Bolsonaro, que está preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. A notícia foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles. No mesmo momento, o Ibovespa, que operava em alta e caminhava para bater novo recorde, desabou.
Surpresa
“O mercado não esperava esse movimento e reagiu de forma imediata, praticamente descolando o Brasil do restante do mundo, onde as bolsas seguiam em alta moderada”, diz Christian Iarussi, economista da The Hill Capital. “A leitura dominante é que esse anúncio esvazia a expectativa, antes bastante presente entre investidores, de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pudesse se consolidar como uma alternativa competitiva ao atual governo em 2026.”






