Com a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a Câmara dos Deputados passou a contar novamente com Missionário José Olímpio (PL-SP), de 69 anos. Suplente mais votado do partido em São Paulo em 2022, ele reassume o cargo seis anos após deixar o Congresso — e seu histórico legislativo voltou imediatamente ao centro do debate público.

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Projeto contra chips e “nova ordem mundial”

Entre as propostas que marcaram sua trajetória está um projeto de lei que buscava proibir o implante de chips e dispositivos eletrônicos em seres humanos. Na justificativa, apresentada há 11 anos, Olímpio afirmou que tais tecnologias fariam parte de uma suposta “satânica nova ordem mundial”, usando referências bíblicas para associar os chips ao chamado “sinal da besta”.

“O povo brasileiro não deve se iludir”, escreveu o parlamentar à época, alegando que iniciativas de rastreamento humano esconderiam tentativas de controle total da população e que o “fim dos tempos se aproxima”.

Outras propostas fora do padrão

O retorno de Olímpio também resgata outros projetos considerados excêntricos. Em 2013, ele propôs a transferência simbólica da sede do Governo Federal para Itu (SP), sua cidade natal, sob o argumento histórico de ter sido palco da primeira convenção republicana do país, em 1889.

Perfil político e religioso

Integrante da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, José Olímpio atua na bancada evangélica e se define como defensor dos “valores cristãos e familiares”. É aliado declarado de Jair Bolsonaro e presença frequente em eventos ligados ao bolsonarismo.

Volta ao Congresso após cassação

Ele retorna à Câmara após Eduardo Bolsonaro perder o mandato por excesso de faltas, já que vive nos Estados Unidos desde o início de 2025. A Mesa Diretora concluiu ser impossível exercer o mandato fora do país.

Agora, José Olímpio reassume o cargo com um passado que promete reacender discussões e polêmicas no plenário.

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