
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira (4/12) o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para reconsiderar a decisão que suspendeu dispositivos da Lei do Impeachment relacionados a ministros da Corte. A solicitação partiu do advogado-geral, Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo.
Para o decano, o meio processual utilizado não é válido. Gilmar reforçou que o ordenamento jurídico brasileiro não prevê pedido de reconsideração, classificando o requerimento como “manifestamente incabível”. Ele apontou que esse tipo de expediente não se equipara a recursos formais e, portanto, não produz efeitos capazes de alterar prazos ou exigir nova análise da decisão.
Gilmar Defende Independência Judicial
Na decisão, o ministro reiterou que sua cautelar identificou dispositivos da legislação do impeachment que violam a independência do Judiciário e contrariam a Constituição. Entre os pontos suspensos está a possibilidade de qualquer cidadão apresentar pedido de impeachment contra ministros do STF — atribuição que, pela decisão, fica restrita à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Gilmar afirmou que a medida cautelar tem “fiel amparo na Constituição Federal” e é necessária para impedir o funcionamento de um sistema que, segundo ele, afronta o texto constitucional. Sem mudanças no entendimento, a liminar segue ativa até julgamento do Plenário Virtual, marcado para ocorrer de 12 a 19 de dezembro.
Argumentos da AGU e Defesas do Modelo Atual
No parecer enviado ao Supremo, a AGU defendeu que a denúncia popular não ameaça a independência judicial, por decorrer da soberania popular expressa na Constituição. O órgão ainda argumentou que o Senado possui filtros internos capazes de barrar pedidos infundados e que ajustes na Lei do Impeachment poderiam fortalecer critérios de admissibilidade.
Como exemplo, citou o PLS 1.388/2023, que define legitimados, exige indícios mínimos e reforça requisitos para denúncias de autoria popular.
+ Crítica de Michelle Bolsonaro mostra que direita não consegue se unir
Data de liberdade de Bolsonaro é revelada
A situação jurídica de Jair Bolsonaro (PL) ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (2), após a Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento trazendo a estimativa de cumprimento da pena do ex-presidente. Segundo a análise, Bolsonaro pode adquirir sua liberdade em… LEIA MAIS!






