Parlamentares fazem representação contra deputado do PL

Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) (Renato Araújo / Câmara dos Deputados)

Os deputados da Bancada Federal do Maranhão fizeram uma representação contra o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) após ele ofender o estado e propagar insinuações xenófobas.

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Os parlamentares fizeram uma representação conjunta e suprapartidária, ou seja, com todos os representantes de partidos de esquerda, direita e centro daquele estado.

No podcast 3 Irmãos, o político declarou: “A extensão territorial brasileira gera muita heterogeneidade, esse é o problema. Então você pode ver, por exemplo, que Santa Catarina é extremamente homogêneo, né? Por ser extremamente homogêneo, se Santa Catarina tivesse mais liberdade para legislar, você teria leis muito melhores para aquele estado. Agora compara Santa Catarina com o Maranhão. Compara: é o mesmo país? Dá para comparar? Não dá, né. No Maranhão, uma bosta. Como você vai comparar com Santa Catarina?”.

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Deputado do PL é alvo de representação

O deputado Márcio Jerry (PcdoB-MA) comentou o caso, segundo o Brasil 247. “Não se trata de opinião política nem de crítica administrativa. É um ataque direto à dignidade de um estado e do seu povo”, disse.

“O respeito entre os estados é um dos fundamentos da Federação. Quando um parlamentar utiliza um espaço público para desqualificar uma unidade da Federação, isso não pode ser tratado como algo menor”, prosseguiu.

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A reação veio de maneira conjunta e suprapartidária pelos políticos maranhenses. Eles fizeram uma representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, e farão um voto de repúdio no plenário da Câmara e encaminhar à Presidência da Casa. O Ministério Público Federal também deve apurar eventual prática de discriminação de caráter coletivo.

“A resposta precisa ser institucional e firme, para que não se abra precedente para esse tipo de conduta”, finalizou Jerry.

Paulo Bilynskyj ganhou fama após o caso controverso onde sua namorada tentou matá-lo e se suicidou. Apesar de diversas inconsistências nos depoimentos, apuradas pelo Intercept que teve acesso ao caso, a polícia arquivou o caso, tão controverso quanto o caso Pesseghini, e ele ainda se elegeu deputado por São Paulo.