
A terça-feira (2) foi marcada por tensão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do processo de cassação de Carla Zambelli (PL-SP), o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentou um parecer bombástico recomendando que a parlamentar mantenha seu mandato. Assim que o voto foi lido, a oposição agiu rápido e pediu vista, adiando a decisão por duas sessões. Entre os responsáveis pelo pedido estão Marcon, Gisela Simona, Claudio Cajado e Pompeo de Matos.
Relator vê fragilidades na acusação
Em coletiva, Garcia reforçou que a CCJ não analisaria faltas parlamentares — segundo ele, responsabilidade da Mesa Diretora. O parlamentar afirmou ter encontrado “suspeitas, mas não certezas” sobre a participação direta de Zambelli na invasão ao sistema do CNJ, caso que deu origem à condenação dela no STF.
Segundo Garcia, a narrativa da acusação se apoia “quase exclusivamente” no depoimento do hacker Walter Delgatti.
— “Não há outras provas que sustentem o que ele disse”, afirmou.
Documentos, contradições e questionamentos
O relator ainda destacou depoimentos técnicos que afirmam que nenhum arquivo ou mensagem comprometendo Zambelli foi encontrado em seus dispositivos. Ele também levantou contradições nos relatos de Delgatti, que teria apagado conversas diariamente e não apresentou registros que corroborassem suas acusações.
Garcia chamou atenção para possíveis sinais de “perseguição política”, mencionando depoimentos que relatam monitoramento intensificado sobre Zambelli e mensagens internas com expressões como “vamos pegar ela!”.
Base do governo reage
A ala governista não deixou barato. O líder do PT, Lindbergh Farias, anunciou um mandado de segurança para obrigar a Câmara a cumprir a condenação já determinada pelo STF.
Enquanto isso, Zambelli segue presa na Itália, após ser incluída na lista vermelha da Interpol — situação que segue alimentando a batalha política em Brasília.
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