
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira que a médica Marina Grazziotin Pasolini realize atendimentos ao ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, sem necessidade de comunicação prévia à Corte. A decisão atende a um pedido da defesa, que relatou agravamento de episódios persistentes de soluço e necessidade de atendimento imediato.
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Segundo os advogados, a situação exige “célere apreciação” e a presença da profissional é essencial para o cuidado do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar desde agosto, após descumprir ordem judicial que o proibia de usar redes sociais.
Atendimento médico em casa
Além da autorização para a médica, Moraes reforçou que Bolsonaro pode receber qualquer tipo de tratamento em sua residência e, em casos de urgência, ser internado sem autorização judicial prévia. Nesses casos, a Justiça deve ser informada em até 24 horas, com comprovação médica adequada.
O ex-presidente já vinha apresentando problemas de saúde desde que foi preso. Em setembro, precisou ser internado com pressão baixa, vômitos e crises de soluço. O médico Cláudio Birolini explicou que os episódios se intensificam quando Bolsonaro fala por longos períodos, como ocorreu após a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segurança e monitoramento mantidos
A decisão de Moraes reafirma medidas de segurança previamente estabelecidas: desde 30 de agosto, todos os veículos que saírem da residência do ex-presidente passam por vistoria nos habitáculos e porta-malas. Os relatórios são enviados diariamente à Justiça, evitando “pontos cegos” no monitoramento.
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Recentemente, Bolsonaro também foi internado em hospital após ser condenado a 27 anos por tentativa de golpe e outros quatro crimes. Na ocasião, exames indicaram anemia e imagem residual de pneumonia. Com a nova autorização, a defesa garante acesso contínuo a profissionais de saúde, preservando a segurança e o acompanhamento do ex-presidente.






