
O velório e sepultamento do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, comoveram familiares, amigos e colegas de farda nesta quarta-feira (29). O agente foi morto com um tiro na nuca durante uma megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira (28). A cerimônia de despedida aconteceu no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, e reuniu cerca de 150 pessoas, entre parentes, policiais civis, militares, rodoviários e os comandantes das forças de segurança do estado.
Homenagens e comoção no último adeus
Durante o velório, pétalas foram lançadas de um helicóptero, em uma homenagem emocionante ao policial, que era lotado na 39ª DP (Pavuna) e havia ingressado recentemente na corporação. A mãe do agente, Débora Velloso Cabral, relembrou com dor os últimos momentos com o filho:
— “Meu coração apertou quando falaram que um policial morreu. Quando apareceu o nome dele no noticiário entrei em desespero. Antes de ir ele disse: “Mamãe te amo. Volto em breve”. Meu filho era amor, meu filho era sorriso.
Débora também lamentou a falta de estrutura para os agentes na operação e criticou fortemente o governador do Rio de Janeiro:
— “Aquele infeliz do Cláudio Castro sabia que os policiais não tinham condição de encarar o CV. Meu filho só tinha 40 dias de corporação”.
Operação Contenção deixa saldo trágico
A Operação Contenção mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar para conter o avanço do Comando Vermelho (CV). O confronto resultou na morte de quatro policiais e oito feridos, além de 115 mortos e 113 presos.
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Durante o enterro, o coronel Marcelo de Menezes Nogueira, comandante da PM, garantiu reforço no policiamento:
— “Nosso compromisso é restabelecer a normalidade para o cidadão de bem usufruir do bem tão precioso, que é o ir e vir nas ruas”.






