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terça-feira, 30 de abril de 2024

Selton Mello fala sobre o uso de medicamentos para perder peso e depressão no ‘Marília Gabriela Entrevista’

No "Marília Gabriela Entrevista" deste domingo, dia 5, o convidado é o ator Selton Mello, atualmente em cartaz nos filmes […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.

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No "Marília Gabriela Entrevista" deste domingo, dia 5, o convidado é o ator Selton Mello, atualmente em cartaz nos filmes "A Mulher Invisível" e "Jean Charles". Durante o encontro, ele traz seu olhar de ator e cineasta, além de falar sobre carreira, cinema nacional, saúde e relacionamento.

O ator conta como nasceu a ideia de filmar a tragédia do imigrante brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado em Londres. "O Henrique Goldman é um diretor brasileiro que vive em Londres há 20 anos. Ele me convidou para o papel e eu fiquei atraído pelo roteiro, eu tinha curiosidade em saber quem era aquele cara. E descobri: era um brasileiro, como muitos, que tinha a esperança de uma vida melhor e mandar dinheiro para a família". Selton conta como foi trabalhar com profissionais de outras áreas, como Patrícia de Menezes, a prima de Jean Charles, que interpreta o papel de si mesma: "O filme é cheio de gente que não é ator e um infecciona o outro no melhor sentido. O próprio chefe do Jean, que era peão de obra, atuou no filme como ele mesmo. É uma troca bem interessante, onde eu aprendia com a humildade deles e eles podiam ter a minha experiência de ator".

Com 24 filmes no currículo, o convidado fala sobre o espaço que a sétima arte ocupa em sua vida. "Cinema para mim é uma grande paixão e nele, eu descobri meu habitat natural. Sou um animal cinematográfico desde que fiz "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, há dez anos", revela Selton, que também tenta explicar o fato de seu rosto ter se transformado em um dos mais requisitados do cinema brasileiro nos dias de hoje. "Me dedico integralmente ao cinema. E é natural que o público tenha reconhecido isso e se identifique. Recebo essa identificação de todas as classes sociais e de várias faixas etárias que se identificam muito com minha trajetória",comenta.

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Selton também fala sobre a comédia romântica "A Mulher Invisível", sucesso de público nos cinemas. "Pode ser um filme muito triste também. Tem algo obscuro dentro daquele sujeito. É uma comédia sobre a solidão, talvez. Quando o Cláudio Torres (diretor) me apresentou a ideia do filme, eu vi comédia e também vi a humanidade daquele cara, um controlador de tráfego comum, que deve pagar aluguel, toma um pé na bunda da esposa e enlouquece", explica. A maturidade e a estreia na direção, em 2008, com o filme "Feliz Natal", também são destaques do papo. "A direção me realizou muito e foi muito interessante. Mas para fazer um filme você tem que quererdemais porque é muito difícil. Eu sempre enxerguei o Natal de forma muito melancólica, com encontros obrigatórios e com aquelas coisas veladas. E era sobre isso que eu queria falar, foi um filme necessário, eu precisava fazer aquilo ali", avalia.

O ator explica que, hoje, faz análise e busca mudanças na vida cotidiana: "Hoje eu faço análise e estou querendo me maravilhar com o corriqueiro, com o sol. Eu moro numa casa isolada, mas estou querendo morar em um lugar mais arejado e poder comprar pão na padaria pela manhã. Estou em um momento de segurar mais a onda do meu trabalho e viver mais a minha vida", conta. Selton também fala sobre o uso de medicamentos para perder peso e alguns ciclos de depressão. "Eu tomei remédio para emagrecer durante dez anos. Eu tomava para os filmes e não tomava para a vida. E isso foi enlouquecendo a minha cabeça, tinha insônia, depressão, um caos todo", ressalta o ator, que faz um alerta sobre a neurose com a aparência física: "Quando você toma remédio, parece que até uma sopa te engorda. O negócio é a cabeça". Assumidamente solteiro e bem-humorado, o entrevistado gosta da sua rotina e convive bem com a solidão: "Eu vivo bem só e sou um solteiro profissional. Não fico saindo toda noite, mas saio: estudo, vou à academia e vejo filmes".

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Apesar de ser facilmente identificado com o cinema, Selton também fala sobre televisão: "Na verdade, adoraria fazer uma novela, mas acho tão longo. Não sou muito solicitado para TV até mesmo porque eu já deixei claro o meu caminho, minha agenda e a ideia do cinema". No teatro, sua última peça foi "O Zelador", em 2005: "Eu tenho que estar muito apaixonado pelo texto para fazer teatro. E eu confesso que sou preguiçoso para ir de quinta a domingo, ensaiar e suar a camisa".

Na direção de cinema, Selton Mello destaca Woody Allen e Fernando Meirelles e não mede elogios aos grandes atores que o influenciaram na carreira. "Paulo José, acho comovente tudo o que ele faz, mas também tenho admiração enorme pelo (Marco) Nanini, pelo Pedro Paulo Rangel e tantos outros", conta. Ele também está atento à nova safra de profissionais: "Caio Blat é um ator interessante, muito inteligente. Cauã Reymond é outro talento que vem por aí e eu comparo o momento do Cauã com o Rodrigo Santoro, quando fez "Bicho de Sete Cabeças" e sacou a pegada do cinema". Dedicação e o amor à sétima arte também são exaltados pelo ator. "Eu, Leonardo Medeiros, Lázaro Ramos, Wagner Moura, Caio Blat e tantos outros, somos uma espécie de ‘Cavaleiros do Zodíaco’ e a gente faz cinema e gosta do que faz".

Frase do final do programa: "Nós trabalhamos muito para as nossas conquistas materiais, não seria a hora de colher os frutos espirituais dessas conquistas materiais?"

Marília Gabriela Entrevista no ar todo domingo, às 22h no GNT.

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Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.