Na sexta-feira, dia 02 de novembro, o Som Brasil faz uma homenagem a Gonzaguinha. Para representar um dos compositores mais contundentes da música popular brasileira, o programa traz a cantora Simone comandando a atração ao lado da banda baiana Negra Cor, liderada por Adelmo Casé; do pernambucano Junio Barreto; e do Fino Coletivo, grupo que reúne músicos de Alagoas e do Rio de Janeiro. Juntos, apresentam 13 canções do filho adotivo de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Som Brasil Gonzaguinha conta ainda com convidados especiais que se apresentam ao lado de Simone, os três filhos de Gonzaguinha: Amora Pêra e Fernanda Gonzaga com o grupo Chicas, e Daniel Gonzaga.
A música “É” abre o programa na voz de Simone, que também interpreta “Petúnia Rosedá” e “Sangrando”. “Não tenho uma música preferida dele; são muitas as minhas músicas preferidas. E eu digo que, dentre elas, eu cantei algumas aqui. Eu acho ’Sangrando’ uma coisa deslumbrante. Eu gosto de tudo dele. Todas as músicas que eu cantei e ouvi aqui eu gosto muito”, afirma Simone. Adelmo Casé e a Negra Cor cantam “Lindo Lago do Amor”, “Feliz” e “Um homem também chora”; e o grupo Fino Coletivo traz ao palco os sucessos “A felicidade bate à sua porta” e “O que é o que é”. Ao cantor Junio Barreto coube as canções “Diga lá coração”, “Espere por mim morena” e “Explode Coração”.
Simone apresenta arranjos mais clássicos das músicas escolhidas e as demais atrações inovam, fazendo uma releitura para a música de Gonzaguinha. “Isso eu acho legal: mostrar como foi gravado – porque essas músicas eu gravei há muito tempo – e ouvir as músicas que eles cantaram com arranjos diferentes. A gente já está com o pé na estrada há muito tempo. Esse pessoal é novo. Acho bom que cada um bote a sua cara na música, a sua maneira de cantar”, diz Simone.
Em um dos momentos mais emocionados do programa, Simone divide o palco, em duas músicas, com os filhos de Gonzaguinha. Surpresa, a cantora recebe Daniel Gonzaga para interpretar “Começaria tudo outra vez” e deixa as lágrimas rolarem durante a apresentação. Amora Pêra e Fernanda Gonzaga, com seu grupo Chicas, sobem ao palco para o encerramento do Som Brasil Gonzaguinha e dão voz a “Eu apenas queria que você soubesse”. Presentes na edição dedicada a Caetano Veloso, as Chicas fizeram sua segunda aparição no programa. “Estou super feliz, honrada, de ter participado do programa do Gonzaguinha, que foi um amigo. Convivemos muito juntos, gravei muita coisa dele. Para mim, está sendo emocionante fazer este programa, revivendo muitas coisas, cantando com o Daniel e com as Chicas”, declara a Simone.
Som Brasil conta ainda com um material de arquivo que relembra momentos e declarações inesquecíveis de seus homenageados, como o depoimento de Gonzaguinha que encerra o primeiro bloco: “Eu estou com uma doença chamada pessoa, eu estou encantado com pessoa, estou encantado com a vida. Essa doença é muito perigosa porque pessoa e vida são coisas muito extensas, são coisas muito grandes. E eu estou mergulhando, mergulhando, mergulhando. Eu sou uma pessoa que está mudando”.
Gonzaguinha nasceu no Rio de Janeiro e foi criado no morro de São Carlos, onde freqüentou blocos e rodas de samba. Filho adotivo de Luiz Gonzaga, cursava a faculdade de economia quando conheceu e ingressou no MAU – Movimento Artístico Universitário. Não demorou para se destacar nos festivais de música com suas letras de forte crítica social. Gonzaguinha compôs cerca de 150 músicas de esilos variados, de baladas ao samba, e introduziu a batida disco no Brasil. O cantor e compositor viu grandes nomes interpretando suas canções e é responsáel por inesquecíveis sucessos da música popular brasileira.
O programa é escrito por Flávio Marinho, Rafael Dragaud e Luiz Gleiser, tem direção geral de Mário Meirelles e direção de núcleo de Luiz Gleiser, com apresentação de Patricia Pillar. Som Brasil Gonzaguinha vai ao ar na sexta-feira, dia 02, logo após o Programa do Jô.
