
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, declarou a aliados que as acusações do governo Lula contra ele configuram um verdadeiro “vale tudo” – de acordo com informações da coluna da Bela Megale para ‘O Globo’. O motivo, segundo integrantes do Palácio do Planalto, seria sua suposta atuação junto a parlamentares do Congresso para barrar a Medida Provisória criada como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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O governador, entretanto, rechaça completamente a versão e afirmou a interlocutores que não costuma se envolver nas matérias em tramitação na Câmara e no Senado. Tarcísio ressalta que sua única interação com parlamentares se deu em função da anistia, motivada pela amizade com Jair Bolsonaro, e que não há qualquer intenção de interferir na aprovação da MP.
Acusações e desabafo
Com dificuldades para aprovar a medida, aliados do governo e integrantes do PT passaram a acusar Tarcísio de tentar convencer congressistas a se posicionarem contra a proposta. O relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), foi um dos que levantou a suspeita. Em resposta, o governador enfatizou que está focado em questões de São Paulo, como a crise do metanol e o desabamento de um estabelecimento na capital, que resultou em uma morte e deixou cinco feridos.
Fontes do governo paulista afirmam que Tarcísio classificou as acusações como reflexo do incômodo que seu desempenho político causa, apesar de ele não ter dedicado “um minuto” para barrar a MP.
Impacto no Congresso
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Enquanto isso, partidos do Centrão começaram a discutir a possibilidade de se posicionarem em bloco contra a MP alternativa ao IOF, que eleva impostos sobre investimentos. O movimento ganhou força após declarações do presidente do PP, Ciro Nogueira, que indicou a intenção de propor esse posicionamento dentro da legenda. Interlocutores do Planalto alertam que, caso a medida não seja aprovada, a solução poderá passar pelo corte de gastos no Orçamento, incluindo emendas parlamentares.






