
O julgamento que analisa a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Assembleia Legislativa do estado, Rodrigo Bacellar (União Brasil), realizado na última terça-feira (4), movimentou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e gerou forte repercussão política. A sessão, conduzida pela presidente Cármen Lúcia, terminou suspensa após pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira, adiando a decisão final para 2026.
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Clima tenso e divergências internas
De acordo com informações da coluna de Malu Gaspar, do O Globo, a sessão começou sob clima de tensão. Nos dias que antecederam o julgamento, conversas reservadas e uma intensa disputa de bastidores marcaram o ambiente. A ministra Isabel Gallotti, relatora do caso, já havia demonstrado incômodo com o momento político escolhido para a pauta, especialmente após a operação policial que resultou na morte de 121 pessoas no Rio.
Durante a leitura de seu voto — considerado duro e favorável à cassação de Castro e Bacellar —, Gallotti enfrentou desconforto com colegas e advogados de defesa, que reclamaram da falta de acesso prévio ao documento.
Pressão política e próximos passos
Enquanto aliados de Castro buscavam adiar o processo, ministros do STF e políticos próximos ao governo federal pressionavam por uma definição rápida. O pedido de vista de Antonio Carlos, no entanto, deu fôlego à defesa, já que o processo pode retornar à pauta apenas em fevereiro, após o recesso judicial.
O caso investiga o suposto abuso de poder político e econômico no chamado “escândalo do Ceperj”, que envolveu contratações irregulares e uso eleitoral de recursos públicos. O desfecho pode definir o futuro político de Castro e marcar um capítulo inédito na história eleitoral do Rio de Janeiro.
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