Na pele do conservador Opash Ananda, em ‘Caminho das Índias’, Tony Ramos conheceu os costumes indianos e aprendeu a admirá-los. Na entrevista ao site oficial da novela, Tony conta as diferenças entre os seus hábitos e os de Opash, comemora os 45 anos de carreira e fala sobre a parceria com Glória Perez.
Confira:
Como está sendo interpretar Opash? Você já conhecia os costumes indianos?
“Eu só conheci realmente os costumes em agosto de 2008, quando começaram os workshops feitos para a novela. É claro que eu tinha noções da Índia, sobre a sócio-política, sobre a independência da Índia, sobre Gandhi. Mas eu não sabia dos hábitos do povo. Com a ajuda de uma historiadora durante a viagem à Índia, eu pude ter contato com os hábitos. Eu me divirto muito fazendo ‘Caminho das Índias’. Não que eu ache tudo engraçado, divertir-se na minha profissão é ter prazer em fazer. O Opash tem um lado conservador, foi criado assim, ele não aceita progresso”.
Na Índia, as mulheres é que cuidam das finanças da casa. Na sua casa é assim? O que você acha disso?
“Na minha casa os dois cuidam do dinheiro, nossa conta é conjunta. Entre mim e minha mulher a vida é um livro aberto. Mas os hábitos indianos eu não posso discutir, eles têm 8 mil anos de tradição”.
Opash tem uma família grande e todo mundo mora na casa dele. Você acha que isso deve ser bom?
“Eu acho que não daria para morar todo mundo junto na mesma casa. Eu e a Lidiane (esposa do Tony) temos o nosso canto, assim como nossos filhos têm o canto deles. Nós temos que aprender a apreciar o que acontece na novela e não necessariamente concordar. A manutenção dos valores familiares na Índia é muito maior que no ocidente”.
Quando as noras chegam à casa de Opash ele as trata como princesas. Você tem noras na vida real?
“A minha nora é tratada como meu genro. É lógico que nossa família é muito bem resolvida, equilibrada. Mas minha nora não tem privilégios por ser minha nora, nem meu genro, que é uma pessoa muito boa. Quem tem vez é a minha companheira!”
Você tem mais de quarenta anos na TV. Qual é o segredo para uma carreira sólida nessa profissão de ator que é cheia de altos e baixos?
“Em meus 45 anos de carreira, adoráveis, de muita dedicação e prazer, eu não mudaria nada. Eu construí uma carreira muito sólida, lendo e estudando muito e com muito prazer”.
Você já trabalhou com a Glória Perez em "O Clone". Como está sendo repetir a parceria?
“Na verdade, eu não considero ter feito uma novela com a Glória Perez, eu participei apenas do penúltimo e último capítulo. Agora eu estou estudando, estruturando o personagem”.







