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Saiba mais sobre a nova novela das 18h da Globo, ‘Além do Tempo’

Saiba mais sobre a nova novela das 18h da Globo, ‘Além do Tempo’, que estreia nesta segunda, dia 13. Eles […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Globo/ Fabio Rocha
Globo/ Fabio Rocha

Saiba mais sobre a nova novela das 18h da Globo, ‘Além do Tempo’, que estreia nesta segunda, dia 13.

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Eles não se conhecem, nunca se viram antes. Vivem realidades distintas, mas estão predestinados a caminhar juntos. No momento em que se olham pela primeira vez são tomados por uma emoção forte e inexplicável, um sentimento ao mesmo tempo desconhecido e familiar. Um encontro que vai mudar o rumo de suas vidas.

Em ‘Além do Tempo’, a próxima novela das seis, a autora Elizabeth Jhin nos leva ao século XIX para acompanhar a saga de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso). Eles não sabem, mas nasceram um para o outro e há muitas passagens por aqui vêm tentando viver juntos o verdadeiro sentido da felicidade, de amar e de ser amado.

Felipe é membro de uma família nobre e está prestes a se casar com Melissa (Paolla Oliveira). Lívia, de origem humilde, em breve vai voltar para o convento por imposição da mãe, Emília (Ana Beatriz Nogueira). Eles se encontram em Campobello, no sul do país, região que começa a se desenvolver graças à colonização italiana e ao cultivo de uvas. Mas, como num clássico folhetim, o casal vai enfrentar muitos obstáculos e muitas provações.

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“É uma novela que estou fazendo com muito empenho e muito gosto, acreditando bastante no que ela quer passar. O folhetim sempre atrai as pessoas, mas gostaria de trazer alguma coisa boa para elas, nem que seja um questionamento: o que posso fazer para mudar minha vida?”, diz a autora Elizabeth Jhin. E se fosse possível termos outra chance? Uma nova oportunidade para amar, para “fazer diferente”, para corrigir os erros do passado ou pagar por eles? Será mesmo que cada um colhe o que planta e nada acontece por acaso? São alguns dos questionamentos que a trama deve suscitar.

O amor perdura além do tempo. Cerca de 150 anos depois, acontece um novo encontro entre Lívia (Alinne Moraes), Felipe (Rafael Cardoso) e as pessoas que conviveram com eles no século XIX. Já nos dias atuais, eles não se reconhecem fisicamente e vivem de outra forma. Eles têm nas mãos a oportunidade de se redimir, escrever uma história diferente e acertar as contas com o passado. É a chance de cada um de ter uma nova vida, colhendo o que plantou um dia.

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Um pouco sobre a vida em Campobello

Século XIX, Campobello, sul do Brasil. Nesta pequena e calma cidade do país, vivem algumas famílias humildes e trabalhadores rurais. Com uma paisagem linda e suntuosa, a área é pontuada por casas modestas, pequenos vinhedos e um casarão abandonado, que mais se assemelha a um castelo. É neste pedaço de terra que começa a nossa história – e também onde ‘termina’. Emília (Ana Beatriz Nogueira) mora em Campobello há alguns anos. De origem humilde e disposta a trabalhar, transformou a taberna rústica e simples em sua fonte de renda. No local funciona um pequeno restaurante frequentado por trabalhadores e moradores da cidade. É ali que Emília se ocupa durante a maior parte do dia e tenta esquecer os problemas do passado. Sem vaidades e ambições, sua maior preocupação é dar um futuro digno à única filha, Lívia (Alinne Moraes). E isso inclui impedir a todo custo que ela sofra por amor. Lívia cresceu em um convento. Foi a forma encontrada por Emília de garantir os estudos da filha e afastá-la do “mundo real”. A mãe quer agora que ela termine o noviciado e dedique a vida ao convento. Na flor da idade, Lívia sonha em se apaixonar, casar, ter filhos. Mas é obediente à mãe e respeita a vontade dela. A saúde frágil de Emília (Ana Beatriz Nogueira) preocupa Lívia (Alinne Moraes), que sabe o quanto a mãe trabalha, mesmo se recuperando de uma pneumonia. Para ajudá-la, a jovem deixa o convento e vai passar uma temporada na taberna. Mas Emília não tem paz enquanto a filha está em Campobello. Linda e meiga, Lívia é a paixão de Pedro (Emílio Dantas), amigo de infância que ela considera como irmão. Ele é filho de Gema (Louise Cardoso), a melhor amiga de Emília, e irmão de Anita (Leticia Persiles), fiel escudeira de Lívia. Apesar da proximidade entre as duas famílias, Emília não quer que a filha se relacione com ninguém. O que ela mais deseja é que Lívia se torne noviça o mais rápido possível e não vai sossegar enquanto isso não acontecer. Só assim, acredita, conseguirá protegê-la de todo o mal do mundo.

A notícia que muda tudo

Num dia de taberna cheia, enquanto Emília e Lívia se desdobram para cozinhar e servir as mesas, um dos clientes comenta que a família da Condessa Vitória Castellini (Irene Ravache), dona do casarão abandonado, está de volta depois de longos anos fora. A notícia deixa Emília completamente desnorteada. Lívia percebe e pergunta o motivo de tanto nervosismo, mas a mãe desconversa. Para ela, a história do seu passado é triste demais para ser relatada. A novidade corre como um rastilho de pólvora e deixa os habitantes da cidade animados. Apesar dos boatos sobre a personalidade difícil da Condessa Vitória, eles acreditam que o retorno dela trará novas oportunidades de trabalho e uma vida melhor para os moradores da região.

O passado obscuro e triste de Emília

Emília (Ana Beatriz Nogueira) continua a sofrer calada. Ninguém sabe de sua história e do motivo de estar tão incomodada com o retorno da Condessa Vitória (Irene Ravache) à cidade, nem mesmo Gema (Louise Cardoso), sua melhor amiga. Emília sempre fez questão de esconder o que passou anos, pois foi tudo muito doloroso e pesado para ela. Os ressentimentos daquela época a tornaram uma mulher amarga e fria, bem diferente do que foi na juventude. No passado, Emília (Gabriella Di Grecco/Ana Beatriz Nogueira) trabalhava e vivia com um grupo de saltimbancos que ia de cidade em cidade apresentando espetáculos mambembes. Ela era uma jovem linda, envolvente, e fazia o papel da mocinha disputada. Sempre sorridente, usava um codinome bem apropriado: ‘Allegra’. Em uma apresentação, ela se deparou com o grande amor de sua vida. Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo), filho único da Condessa Vitória (Irene Ravache), que estava na plateia e ficou encantado com a beleza de ‘Allegra’. Os dois se apaixonaram, mas sabiam que enfrentariam a resistência da família tradicional do rapaz, ligada à nobreza italiana. Como era de se esperar, a Condessa Vitória ficou furiosa quando Bernardo levou Emília ao casarão. Ele tinha a esperança que a docilidade e a beleza da moça comovessem Vitória, mas estava equivocado. Emília foi humilhada, mas Bernardo se manteve firme ao lado da amada. Ele saiu de casa com a roupa do corpo e foi morar com ‘Allegra’ em um casebre próximo a Porto Alegre. Mesmo sem dinheiro e lutando com dificuldades para sobreviver, o casal viveu um romance apaixonado. Até que a tragédia aconteceu. A raiva e o desprezo pela relação do filho eram tão intensos que a Condessa Vitória decidiu armar uma arapuca para matar Emília. Com a ajuda do capataz Bento (Felipe Fagundes/Luiz Carlos Vasconcelos), a Condessa mandou uma carta para a jovem, dizendo que estava disposta a aceitá-la. Mas antes precisavam conversar a sós, sem a presença de Bernardo. Vitória sabia que o filho estaria ausente por alguns dias em busca de emprego e seu plano era que um acidente terrível “acontecesse” com a carruagem no caminho, sem deixar sobreviventes.Apesar de ter sido muito maltratada pela Condessa, Emília acreditou no conteúdo da carta e resolveu ir ao encontro. Afinal, ela queria viver aquele amor de forma plena. Mas Bernardo ficou sabendo do bilhete e decidiu ir no lugar da amada. Ele tinha esperança de abrandar o coração da mãe ao contar que ela seria avó em breve. O plano de Vitória tinha tudo para dar certo, se não fosse a ida de Bernardo no lugar de Emília. Certo de que seu alvo estava dentro da carruagem, Bento provocou um acidente na estrada e Bernardo, para o choque e tristeza de todos, foi dado como morto. Grávida de quatro meses, Emília se exasperou, gritou de horror quando soube do acidente, mas não permitiram sequer que ela se aproximasse do casarão. Quando tentou ter notícias do marido, foi tratada de forma cruel por Bento. A verdade sobre a morte de Bernardo sempre foi uma incógnita para Emília.  Com uma mão na frente e outra atrás, ela não teve outra saída senão seguir com a vida em outra cidade enquanto aguardava o nascimento da filha. Quando soube que a Condessa não morava mais em Campobello, Emília resolveu alugar uma taberna humilde na região. O intuito era ficar perto do túmulo do seu grande amor, aquele que ela nunca esqueceu e com quem viveu os melhores momentos da vida. Durante todos os anos, Emília (Ana Beatriz Nogueira) manteve o passado em segredo. O romance acontecera em outra cidade e as pessoas em Campobello não sabiam da história. Quando Lívia (Alinne Moraes) perguntava sobre o pai, a mãe apenas dizia que era um homem simples e a melhor pessoa que podia ter conhecido. O sofrimento era tanto ao falar sobre isso que a filha, depois de certo tempo, já não insistia para saber mais. ‘Allegra’ – ou Emília – nunca mais tirou o luto e se tornou uma pessoa triste e rancorosa. Já a Condessa Vitória (Irene Ravache), que deixou Campobello algum tempo depois da morte de Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo), nunca mais deu notícias. Para cuidar do casarão em que vivia na cidade, ela contratou Massimo (Luis Melo), um administrador de confiança. Com tudo o que aconteceu, a volta da Condessa Vitória a Campobello representa um verdadeiro fantasma na vida de Emília. Perguntas como ‘qual será o real motivo da volta da Condessa a Campobello?’ e os receios de uma possível vingança rondam a mente dela todo o tempo. Mas o que Emília não imagina é que, junto com a Condessa e todos os ressentimentos do passado, vem também Felipe (Rafael Cardoso), sobrinho-neto de Vitória e por quem Lívia (Alinne Moraes) se apaixonará perdidamente.

Uma paixão ‘impossível’

Emília (Ana Beatriz Nogueira) está determinada – mais do que nunca – a manter Lívia (Alinne Moraes) distante da Condessa Vitória (Irene Ravache) e de sua família. Apesar de a jovem usar os melhores argumentos para não se tornar noviça, como o sonho de viver um grande amor e ter filhos, Emília é irredutível e exige que ela volte para o convento o quanto antes. Sem saída, Lívia arruma as malas e segue para o convento no dia combinado, apesar da saúde da mãe ainda não estar reestabelecida. Emília chama um cocheiro de confiança para levar a filha, mas ele tem um problema de última hora e Ariel (Michel Melamed) vai em seu lugar. Ariel é uma pessoa do bem, uma espécie de “anjo na terra” que está sempre presente na hora e no lugar certo. E é exatamente no caminho, após um pequeno incidente com seu coche, que Lívia e Felipe (Rafael Cardoso) se encontram. O rapaz está chegando a Campobello a cavalo, acompanhando o coche que leva a Condessa Vitória. Eles se olham encantados e acontece ali um encontro de almas que estão se buscando há muito tempo. É o começo de uma linda história de amor.O conde Felipe vai para Campobello no intuito de ajudar a Condessa com os negócios da família. O rapaz nasceu em “berço de ouro”, recebeu a melhor educação possível e é tratado pela tia-avó Vitória como um verdadeiro príncipe. Viúvo e pai de Alex (Kadu Schons), ele está prestes a se casar com Melissa (Paolla Oliveira),  uma jovem lindíssima que chega à cidade com a mãe, Dorotéia (Julia Lemmertz), alguns dias depois. No passado, Dorotéia foi casada com um homem nobre e muito rico. Ele perdeu tudo, mas a família conserva a pompa e a pose da época de riqueza. O encontro entre Lívia e Felipe na estrada muda completamente o rumo de suas vidas. Eles se encantam cada vez mais um pelo outro, mas terão que enfrentar diversos obstáculos para ficar juntos: o noivado dele, o noviciado dela, a diferença social, as divergências entre as famílias e muitos outros acasos do destino.

As viagens para Rio das Flores, Vassouras, São José dos Ausentes e Bento Gonçalves

A equipe da novela visitou quatro cidades para gravar as cenas iniciais da trama. A primeira viagem foi para a região sul fluminense, mais especificamente para as cidades de Vassouras e Rio das Flores. As lembranças dos tempos áureos do café estão preservadas nas duas cidades, conhecidas pelas construções coloniais que abrigaram os maiores fazendeiros do Brasil no século XIX. A atmosfera histórica e os casarões bem conservados caíram como uma luva para as gravações das cenas externas do convento, onde a personagem de Alinne Moraes foi criada, e do casarão da Condessa Vitória (Irene Ravache). Na região, foram gravadas mais de 60 cenas com os atores Rafael Cardoso, Alinne Moraes, Paolla Oliveira, Irene Ravache, Ana Beatriz Nogueira, Julia Lemmertz, entre outros. Poucos dias depois, a equipe se deslocou para o sul do Brasil. Foram cerca de três semanas para gravar mais de 120 cenas com praticamente todo o elenco da novela. As cidades escolhidas foram São José dos Ausentes e Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Desenhada pelos Campos de Cima da Serra e cânions dos Aparados da Serra, São José dos Ausentes é conhecida por seu inverno rigoroso para os padrões brasileiros. É nesta região que foi gravada boa parte do cotidiano dos moradores de Campobello, a cidade fictícia criada pela autora Elizabeth Jhin. Em Garibaldi, cidade próxima a Bento Gonçalves, conhecida como a capital nacional do vinho, foi gravada a sequência da festa da colheita, uma das mais importantes do início do folhetim, além de outras cenas. Famosa pelo enoturismo, que leva os visitantes ao Vale dos Vinhedos, uma área recortada por estradas emolduradas por colinas e muitas videiras, a região atrai milhares de turistas todo ano. O plantio da uva no município remete à chegada dos imigrantes italianos na região, o que mostra que a atividade não tem apenas caráter econômico, mas também histórico e cultural. Mais de 100 pessoas viajaram para essas gravações. Do Rio de Janeiro, saíram 15 caminhões, sendo que dois deles foram destinados às carruagens utilizadas em cena.

Cenografia

A equipe de cenografia de ‘Além do Tempo’ fez uma viagem ao passado. Como parte da pesquisa realizada na pré-produção da novela, a cenógrafa Anne Bourgeois conta que visitou casas construídas no século XIX por imigrantes italianos no sul do país. “Algumas famílias guardam ainda hoje objetos e mantêm a arrumação do passado, da época da chegada dos parentes ao Brasil, a casa do nono e da nona”, diz a cenógrafa. Para o casarão da Condessa Vitória (Irene Ravache), as referências vieram principalmente das fazendas da época áurea do café. Azulejos portugueses, portas azuis e paredes brancas são complementados por móveis, objetos e tecidos clássicos. Vinte e um ambientes, entre eles quatro salas e seis quartos, foram criados em estúdio. Na cozinha, um espaço de 170 metros quadrados que inclui copa, despensa e lavanderia, a cenografia utilizou materiais como cerâmicas, pedras e fornos verdadeiros. As externas foram gravadas em uma fazenda em Vassouras, no sul fluminense. O jardim do casarão recebeu cerca de mil rosas vermelhas artificiais, que remetem aos belos jardins franceses. Outra fazenda no município vizinho de Rio das Flores serviu de locação para as cenas do convento. Anne Bourgeois destaca ainda a taberna onde Emília (Ana Beatriz Nogueira) trabalha e vive com a filha, Lívia (Alinne Moraes). A rusticidade do ambiente foi pontuada com elementos leves, como as cortinas de crochê bordadas com flores. A intenção é unir a dor do presente com resquícios da alegria do passado da personagem, explica Anne. “Objetos, móveis e outras peças garimpadas no interior de Minas Gerais trazem verdade ao cenário por serem peças autênticas, usadas e antigas”, finaliza.

Produção de arte

Como as primeiras videiras chegaram ao país? Como eram plantadas? E quando os vinhos brasileiros ganharam reconhecimento? Para responder estas questões, a produção de arte de ‘Além do Tempo’ mergulhou no universo da vinicultura brasileira, principalmente no sul do país, onde a novela é ambientada. “Passei dez dias em Garibaldi e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Visitei casas e vinhedos de colonos italianos. Também fui muito bem recebida no Museu de Garibaldi, onde passei dois dias pesquisando arquivos e fotos”, conta a produtora de arte Mirica Vianna, que ainda buscou mais informações no Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), que fica em Bento Gonçalves. Muitas peças usadas na novela são do acervo do Projac, outras foram garimpadas em antiquários e feiras de rua. Mirica revela ainda que alguns objetos tiveram que ser reproduzidos porque são difíceis de encontrar ou nem existem mais. “Utensílios de cozinha, como tábuas de pão, que tinham um formato diferente do atual; apagador de vela com dois metros de comprimento para as velas altas dos conventos; porta-gomil (móvel para guardar o conjunto de louças que era usado para higiene pessoal) de madeira e prata, entre outros. Também tivemos que reformar, pintar e estofar oito carruagens”, finaliza a produtora.

Figurino

Uma produção de época, ambientada no fim do século XIX, mas que não se restringe a uma década específica nem está atrelada a acontecimentos históricos específicos. Essa relativa atemporalidade da novela ‘Além do Tempo’ deixou a equipe de figurino mais livre, permitindo um exercício maior da criatividade. “Está sendo maravilhoso porque a gente está tendo a oportunidade de fazer uma época romântica sem ser datada. Você fecha o olho e imagina uma história de amor de época. Não chega a ser lúdico, mas a gente está trabalhando com os arquétipos românticos: o príncipe, a menina pobre que se apaixona pelo príncipe, a menina rica e má, a viúva perversa”, explica a figurinista Natalia Duran. Natalia conta que as principais referências para os figurinos da novela vieram de pinturas antigas e filmes. Produções como ‘Orgulho e Preconceito’ e ‘Razão e Sensibilidade’, baseadas em obras da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817), serviram como fonte de inspiração para as roupas da Lívia (Alinne Moraes), protagonista da trama. Cores claras e tecidos orgânicos como o linho refletem a simplicidade e a leveza da personagem. Felipe (Rafael Cardoso), grande amor de Lívia, tem o figurino inspirado nos príncipes europeus, com muitos tons de azul e vermelho. Melissa (Paolla Oliveira), a moça que vem da cidade grande e noiva de Felipe, usa peças de vanguarda, assim como a Condessa Vitória (Irene Ravache). O guarda-roupa poderoso da personagem é baseado nas criações do estilista inglês Charles Frederick Worth (1825-1895), considerado o pai da alta-costura. Para a novela, cerca de duas mil peças foram desenvolvidas e produzidas na fábrica de figurinos do Projac em menos de três meses. Anáguas, corseletes, saias e vestidos consumiram a maior parte dos 5,5 mil metros de tecido já utilizados – cada vestido exige entre cinco e seis metros de tecido e leva até uma semana para ficar pronto. “Estamos usando veludos, sedas, mas também não abrimos mão dos sintéticos que respondem muito bem e que fotografam como se fossem tecidos de época”, revela Natalia Duran. Relógios, pulseiras e outros acessórios foram garimpados pela equipe em brechós e feiras de antiguidade em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Os sapatos foram criados e fabricados especialmente para a novela. “Atualmente muitos sapatos são parecidos com os daquela época, por incrível que pareça. Dá pra gente mesclar coisas que a gente está fazendo com coisas que a gente está conseguindo comprar prontas”, finaliza a figurinista.

Caracterização

Valéria Toth, responsável pela caracterização da novela, revela que fez uma cuidadosa pesquisa, sempre visando preservar a naturalidade da época e do universo vivido por cada personagem. “Novelas que retratam épocas são extremamente ricas em detalhes. Visitei museus e admirei quadros que representavam a sociedade e especialmente as senhoras da época, além de pesquisar em livros e em alguns filmes clássicos”, diz a caracterizadora. A caracterização da Condessa Vitória (Irene Ravache) chama a atenção, principalmente nas cenas de flashback. Irene Ravache é a única atriz da novela que interpretará a mesma personagem 20 anos atrás. Para rejuvenescer a Condessa, a equipe de caracterização usou uma peruca de cabelos longos e ruivos, além de maquiagem especial. Duas décadas depois, a personagem tem cabelos grisalhos e ostenta penteados dignos de uma mulher da nobreza. Para facilitar o trabalho, são usadas duas perucas: uma para os coques e outra longa e grisalha para as cenas em que a Condessa aparece com os cabelos soltos dentro do quarto ou do escritório. A maquiagem é leve, de acordo com a época. Outra caracterização que merece destaque é a do Conde Felipe (Rafael Cardoso). Valéria conta que quis criar um visual aristocrático, inspirado nos nobres de filmes de época. Os cabelos são sempre impecavelmente penteados, e a barba é longa e bem definida.

‘Além do Tempo’ é uma novela de Elizabeth Jhin, com direção de núcleo de Rogério Gomes e direção geral de Pedro Vasconcelos.

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