Estela (Cleo Pires) está decidida. Ela precisa livrar Solano (Murilo Rosa) da maldição de sua tribo. Agora, mais do que nunca, ela precisa enfrentar os espíritos de Antônia, Apoena e Iaru para que eles a ajudem a salvá-lo.
A índia vai, durante a madrugada, ao cemitério dos antepassados, ajoelha-se diante das lápides e coloca no chão a cuia que traz em suas mãos. Do recipiente, uma fumaça branca e espessa não para de jorrar para o ar.
Intensamente, ela profere: “Vocês precisam me ajudar. Juntos nós temos a força de toda uma raça. Não podemos mais permitir que toda a tua descendência, Antônia, nem a tua, Apoena, continue vítima da maldição de Iaru. Preciso que vocês dois me ajudem a proteger o Solano. Já foram muitas as mortes. Muitos já se foram. Chegou a hora de estancar essa vingança de Iaru. Eu rogo a você, Antonia, e a você, Apoena, que se unam a mim e impeçam que a maldição arraste o Solano pra morte. Eu invoco a presença de vocês”.
Ela risca um grafismo em torno das tumbas, faz um círculo e coloca a cuia fumegante em seu meio. Estela começa a citar palavras no dialeto karuê, invocando os espíritos.
Nesse momento, o tempo começa a mudar bruscamente e parece que uma tempestade violenta se aproxima com muita velocidade. Um raio cai bem diante da índia que, quase em transe, permanece imóvel.
Uma nova trovoada acontece e , dessa vez, Estela se assusta. Projetada no ar, surge a imagem de Iaru com uma lança na mão. Iaru solta um grito de guerra erguendo sua arma e a aponta para Estela, que cambaleia como se perdesse as forças nesse momento.
A última descendente de sua tribo implora ao espírito: “Iaru, eu sei da sua dor, do seu sofrimento, mas isso precisa ter um fim. Eu, Estrela Karuê, última mulher descendente de tua raça, te suplico, acabe com maldição… não me faça passar por esse sofrimento… Não me faça perder o filho que trago aqui, no meu ventre!”.
Raios e trovões pontuam a revelação feita pela jovem… Estela está grávida de Solano!
A cena vai ao ar no sábado, 22/1.
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