
Depois de sete anos sem fazer uma novela, Giovanna Lancellotti volta no elenco de ‘Dona de Mim’, que estreia dia 28 de abril no horário das sete da Globo. Seu último folhetim na emissora foi ‘Segundo Sol’, em 2018, como Rochelle, a princesinha da família. Agora, ela vai viver uma personagem que é mãe e cheia de conflitos.
Durante coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (10), que contou com a presença do Área VIP, a atriz falou do tempo fora das novelas. “Fazia muitos anos que eu não participava de uma novela. Então, voltei numa mistura de sentimentos, de ansiedade com expectativa“, diz.
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Kami, sua personagem, trabalha como costureira na fábrica de lingerie Família Boaz e é mãe solo de um menino de sete anos, o Dedé (Lorenzo Reis). Desde que seu ex-namorado, Ryan (L7nnon), foi preso, ela o culpa pelas renúncias que teve que fazer para criar o filho sozinha.
A atriz falou dos dilemas por conta da maternidade fora de hora. “Nem quando a mulher quer muito, ela está preparada para ter um filho. Eu acho que o que prepara a pessoa para ter um filho, e ter um filho. Então com certeza a Kami não estava planejando e preparada, quanto mais pra ter essa maternidade solo. É um grande desafio, até porque a relação com o pai ficou mal resolvida, ele foi preso no meio do auge de planos, então existe uma frustração de uma história que ela imaginou que iria ser vivida e não foi e ao mesmo tempo existe a realidade dura que ela tem um filho pra criar sozinha e ela tem que trabalhar. Ela não tem família perto, ela não é do Rio de Janeiro”, pontua.
Ao longo da trama ela se envolve com Marlon (Humberto Morais). “Eu acho que a relação dela com o Marlon é muito mais baseada na expectativa, do filho dela poder enxergar pela primeira vez uma figura paterna e de ela poder se enxergar pela primeira vez numa família do que por uma relação carnal em si” acredita. “Eu tenho muitas amigas que têm filhos, algumas delas são mães solo, outras encontram parceiros, e cada maternidade é muito diferente. Eu acho que sempre é um desafio, mas é sempre diferente de uma pra outra”, analisa.
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A relação com o filho, porém, é muito tranquila. “O Dedé (Lorenzo Reis) é uma criança super aberta, eles têm um diálogo bom. E não existe essa alienação parental. Por mais que ele não saiba que o pai está preso, é falado sobre o pai dele, essa ausência do pai. Na verdade, o pai da criança hoje são a Pam e a Leo”, adianta.

Voltar a atuar em uma novela pode ser uma porta aberta para o que der e vier. “Diferente do cinema e do streaming, que é o que eu estava fazendo nos últimos sete anos, o interessante da novela é que você vai criando intimidade com o seu personagem, porque é uma obra aberta. Então você vai conhecendo ele aos poucos. Às vezes acontecem coisas no capítulo 100 que você pensa: ‘Gente, como assim ela fez isso?’. Então você vai criando um fantoche, uma pessoa imaginária na sua cabeça. Tudo pode acontecer”, define a atriz.