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Guilherme Piva volta ao ar como Licurgo em ‘Nos Tempos do Imperador’

Guilherme Piva contracena mais uma vez com Vivianne Pasmanter dando sequência ao personagem de ‘Novo Mundo; confira uma entrevista do ator ao Área VIP

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.
Guilherme Piva volta a interpretar Licurgo – TV Globo/Rafael Campos

Eles estão de volta! Depois do sucesso em ‘Novo Mundo’, Licurgo e Germana entram em cena mais uma vez em ‘Nos Tempos do Imperador’, que estreia nesta segunda-feira (09). No meio do caminho, tinha uma pandemia, que teve que ser contornada com muito jeitinho, afinal, o folhetim estava prestes a estrear quando o Brasil parou. Para contar um pouquinho sobre a nova experiência, Guilherme Piva, interprete do taverneiro, conversou com o Área VIP. Ele já adianta que o casal vai aprontar muito e está bem mais trambiqueiro e sujo cerca de 40 anos depois. Na entrevista, o artista fala ainda sobre a perda do irmão, André Piva, de leucemia. Para amenizar a dor, o artista mergulhou no trabalho e dirigiu Lilia Cabral e Giulia Bertolli na peça ‘A Lista’, que teve exibição online. Para o futuro, o ator só quer que a pandemia seja controlada para tocar seus vários projetos no teatro e no cinema.

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Você volta ao lado da Vivianne Pasmanter interpretando personagens de muito sucesso em ‘Novo Mundo’. Como é a expectativa do retorno do público quando eles surgirem em ‘Nos Tempos do Imperador’?

A expectativa é bem grande, é como se a gente estivesse fazendo a segunda temporada dos personagens. Como a gente fez eles em Novo Mundo e agora é a evolução desses personagens, desse núcleo. Eu vejo bastante isso, como se fosse uma segunda temporada de uma série. São personagens, o Lucurgo e a Germana, de condutas éticas muito questionada, completamente errados e que através da crítica e do humor, eles conquistaram muito a simpatia no Novo Mundo. Por isso o Vinícius (Coimbra, diretor) sugeriu a nossa volta, que foi prontamente acatada por todos nós. Tinha um desejo muito grande de voltar com eles. Agora a gente tá fazendo eles 40 anos depois, muito mais malucos e estamos bastante ansiosos, eu estou bastante ansioso e com a expectativa grande de saber como vai ser recebido.

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Tem uma passagem de tempo grande na história, como ficou a caracterização, deu mais trabalho que na primeira novela ou ficou mais fácil devido à experiência anterior?

É como eu estava falando, tem uma passagem bem grande, de uns 40 anos, então a gente vai estar beirando os 90 (anos). Por isso, a caracterização ficou bem mais complexa e trabalhosa do que antes. Porque no novo mundo , a gente tinha uma caracterização mais de sujeiras, dente de corpo, de cabelo. Mas agora não, agora tem muitas próteses, tem que envelhecer a pele inteira, a pele da mão, do pescoço, do rosto, botar as feridas, as psoríases , as sujeiras… eu fiquei careca, tinha que implantar os fios compridos, ficou mais ou menos umas três horas pra fazer e uma hora pra tirar. Então, ficou bem mais difícil, mas ajudou muito também na hora de fazer os personagens tão idosos assim você estar caracterizado dessa forma.

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O processo de caracterização para Licurgo ficou ainda mais demorado – TV Globo/Paulo Belote

Como é o entrosamento com a Vivianne em cena?

Foi um processo criativo muito intenso esse, e a nossa entrega, minha e da Vivi, foi total. A gente trocava muito ideia, o nosso entrosamento foi bastante profundo. Não é a toa que a gente virou uma dupla. Esses personagens não existem um sem o outro, não tem Germana sem Licurgo, não tem Licurgo sem Germana. Então, por causa disso, do nosso entrosamento, da nossa entrega, da nossa criatividade, a gente realmente trocava muito, e cada detalhe, nada passava despercebido, é uma composição muito minuciosa de nós dois. Foi feita bastante em conjunto, acho que por isso ela funcionou tanto essa dupla.

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O que o público pode esperar do Licurgo e da Germana mais velhos?

Acho que o público pode esperar eles mais malucos, eles estão realmente muito doidos, mais trambiqueiros, eles estão tudo mais. Eu acho assim, que com a idade, você acaba perdendo o freio, do que falar, do que dizer, ainda mais desses personagens que já não tinham freio nenhum, com a caduquice, com a velhice, essa falta de freio, de olhar pro outro, a falta de empatia, a falta de qualquer coisa, ficou muito mais potencializada. Então, ele não tem a coisa da ética e de como lidar com os outros e com eles próprios, ficaram muito mais sujos, mais trambiqueiros. E muito mais engraçados também, porque eles fazem atrocidades, como eles perderam esse freio e perderam qualquer tipo de compostura, lidam com bichos, com ratos, com sujeira, com os outros de uma forma mais irreverente do que era antes. Acho que vai ser muita sujeira e muita diversão e muita trambicagem.

Guilherme Piva e Vivianne Pasmanter prometem muita trapalhada em ‘Nos Tempos do Imperador’ – TV Globo/Paulo Belote

Vocês já estavam gravando quando veio a pandemia e interrompeu o mundo. Como foi ficar um tempo sem gravar e ter que retomar o personagem?

Pois é, essa parada que a gente teve para retomar o personagem foi bem assustadora e complicada, porque… primeiro que você tá em casa e na véspera da coletiva de imprensa para estrear a novela e ligam falando que pararam tudo, cancelaram e chegando uma pandemia. Então, foi muito assustador parar o trabalho, a Globo parar, e não ter… numa pandemia que ninguém sabia direito o que era. Então foi bem complicado. E parar um trabalho tão minucioso no meio deu muito medo, a gente estava começando a engatilhar os personagens. Chega uma hora que a gente começa a preparar e você vai tateando ele e vai pegando confiança, vai formando o personagem. A gente tava naquele momento de soltar ele, o personagem estava introjetado muito. Então, a parada foi assustadora. Como a retomada foi muito cuidadosa, de muitos protocolos e muita lenta, a gente gravava poucas cenas no dia, então isso ajudou. Voltar aos pouquinhos, com muito cuidado. Teve cenas que a gente gravou um pedaço da cena antes da pandemia e a continuação da mesma cena, um ano depois, na retomada, muito peculiar. Uma coisa que nunca tinha acontecido, muito diferente, ao mesmo tempo desafiador, o que nos fez ter uma atenção redobrada em cima dos personagens e eu acho que acabou dando certo, espero que sim. Mas uma loucura tudo isso.

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A gente sabe que você teve duas grandes perdas nesse período. Como você lidou com tudo isso em meio um momento completamente novo e complexo para o mundo?

Quanto a pandemia foi um período muito difícil, muito assustador tudo. A forma como esse desgoverno lidou, deixando a gente mais a mercê, com mais medos. Foi tudo muito difícil, ficar trancado em casa, enfim, muita coisa desconhecida pra lidar. Eu também tive no meio da pandemia uma perda muito grande que foi meu irmão que faleceu de leucemia, no meio, meu irmão que eu tinha uma ligação muito profunda, então foi bem difícil. Ao mesmo tempo, a Lilia Cabral me chamou pra dirigir uma peça, que fizemos on line, então foi o que me ajudou a tirar um pouco a cabeça disso poder exercer um pouco do meu ofício ainda, que é uma coisa que me abastece muito. Por isso que eu sempre digo que a arte salva, que foi uma das coisas boas que aconteceu no meio da pandemia foi poder minha cabeça durante um período do dia na criatividade, nas trocas com outros atores, com a Lilia Cabral, que é muito amiga minha, então foi muito bom. Essa parte foi que me ajudou. Eu também me aprofundei muito na minha prática de meditação, que eu medito diariamente, que eu adoro, que me faz muito bem, além de muita terapia e inglês. Enfim, tentei botar minha cabeça em lugares que me faziam bem pra me ajudar a passar por tudo isso.

Quais os próximos projetos que vêm por aí?

Agora eu vou fazer um filme em setembro, chamado ‘Arcanos’, com a Lilia Cabral, com direção do Diego Freitas, e a gente tem o projeto de fazer no ano que vem essa peça, ‘A Lista’, que é do Gustavo Pinheiro,  que eu fiz com a Lilia Cabral e a filha, Giulia Bertolli, a gente fez online e temos o projeto de fazer presencial em São Paulo no ano que vem.  Também eu vou fazer um curta, que Giulia escreveu e vai dirigir, vai ser eu e a Fernanda Freitas, ela vai dirigir com o Fabrício Mamberti, vamos fazer também. Agora para o ano que vem, com a retomada do teatro, se Deus quiser, se tudo der certo, vou retomar também duas peças, uma que eu dirigi, chamada ‘Fim de Caso’, adaptação da Teresa Falcão, que escreve a novela, que fiz com o Eriberto Leão e a Vanessa Gerbelli, a ideia é fazer também em São Paulo e circular. E uma peça que eu também parei no meio da pandemia, que eu fazia como ator, chamada ‘Os Impostores’, do Gustavo Pinheiro, com direção do Rodrigo Portela. Então agora é a expectativa da retomada das artes, do teatro, de tudo. Que essa pandemia termine, seja controlada, que esse governo vá embora, e que a gente tenha uma vida melhor.

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.