
Uma brasileira de 38 anos faleceu depois de ser diagnosticada com um tipo muito raro de câncer associado a implantes de silicone nos seios. O caso foi identificado como carcinoma espinocelular gerado por próteses mamárias, condição extremamente incomum, com menos de 20 registros no mundo desde os anos 1990.
Este foi o primeiro caso confirmado no Brasil. A paciente foi atendida no Hospital do Amor, em Barretos, no interior de São Paulo, mas não resistiu às complicações. A raridade da situação chamou atenção da comunidade médica, levando o caso a ser publicado na revista científica Annals of Surgical Oncology, onde passou a ser estudado por especialistas de vários países.
Prótese causou complicações graves
A mulher havia colocado os implantes quando tinha apenas 20 anos. Passados quase 20 anos, começou a sentir sintomas diferentes na mama esquerda, como inchaço e acúmulo de líquido, o que a levou a buscar atendimento médico. Após os primeiros exames, os médicos decidiram pela retirada das próteses.
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No entanto, análises mais detalhadas, incluindo biópsia, revelaram algo ainda mais grave, com a presença de células cancerígenas na membrana que envolvia o implante. A paciente chegou ao hospital já em estado delicado, com a doença em estágio avançado e infiltrações atingindo músculos e ossos do tórax.
Doença avançou rapidamente
Em um primeiro momento, os médicos realizaram uma cirurgia para tentar controlar o avanço da doença e iniciaram de imediato sessões de quimioterapia. Mesmo assim, o tumor retornou em pouco tempo, dessa vez atingindo órgãos internos importantes, como o fígado. Apesar dos esforços da equipe médica, a paciente não resistiu e morreu em apenas oito meses após o diagnóstico.
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Embora seja uma condição raríssima, o caso reforça a necessidade de atenção redobrada em pessoas que possuem próteses de silicone. Especialistas orientam que sinais como crescimento anormal da mama, vermelhidão, formação de nódulos ou acúmulo de líquido devem ser investigados com exames periódicos, para evitar complicações mais graves. Além disso, pacientes que se submeteram à colocação da prótese devem passar por acompanhamento regular, mesmo sem sintomas.
Colaborou: Henrique Furtado.






