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Figurino e caracterização de época, mas com toques de ousadia em ‘Tempo de Amar’

Para compor o estilo dos personagens de ‘Tempo de Amar’, a figurinista Paula Carneiro se baseou em pesquisas sobre a […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Tempo de Amar - Lucinda - Edgar - Olimpia (Globo/João Miguel Júnior)
Tempo de Amar – Lucinda – Edgar – Olimpia (Globo/João Miguel Júnior)

Para compor o estilo dos personagens de ‘Tempo de Amar’, a figurinista Paula Carneiro se baseou em pesquisas sobre a época em que se passa a próxima trama das 18h, de 1927 a 1930. Mas não ficou presa ao que dizem os livros: “Como a fictícia Morros Verdes, em Portugal, é uma aldeia perdida no tempo na trama, foi possível utilizar a licença poética para criar e ter o belo como foco, mas levando em conta que ali é um lugar longe dos centros urbanos, mais rural. Sem a preocupação com o que é certo e o que é errado”, explica. O figurino marca bem a diferença entre os personagens de Portugal, cujo visual segue um estilo mais tradicional e atemporal, e os que vivem no Rio, na época a capital do país, efervescente política e culturalmente, onde os personagens se vestirão com o estilo característico da década ¬– marcada por vestidos mais retos e na altura dos joelhos, silhueta quadrada, franjas e muitos acessórios de cabelo. A caracterizadora Anna Van Steen também usou o estilo clássico e atemporal para conceber o visual dos personagens portugueses e referências da época para os personagens do Rio de Janeiro.

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“O figurino da Maria Vitória (Vitória Strada) é inspirado em ‘Romeu e Julieta’ medieval, com vestidos esvoaçantes. Ela é uma mocinha, mas é uma menina de vanguarda e o figurino acompanha sua personalidade. Ela usa sobreposição de rendas e luvinhas em contraste com bota e jaqueta de couro. É uma heroína forte, que chama atenção quando chega ao Rio por conta do figurino diferenciado”, conta Paula. Para completar o visual da protagonista, Anna escolheu cabelos longos, ondulados e escuros. O par romântico de Maria Vitória, Inácio (Bruno Cabrerizo), terá um estilo rústico, com barba, bigode e cabelo cacheado. Seu figurino terá cores de camisas que não eram típicas da época, com tons mais escuros. E, para marcar seu traço de rapaz trabalhador, as roupas são surradas e gastas.

Assim como Inácio, os demais personagens masculinos de Portugal terão como traço marcante o bigode. “O bigode vai representar a tradição portuguesa nos personagens que vivem em uma aldeia longe de tudo que acontece de novidade do mundo. É o caso de Tony Ramos, que interpreta José Augusto, e Jayme Matarazzo, que dá vida a Fernão Moniz”, explica Anna. Entre os figurinos masculinos, Paula Carneiro destaca alguns personagens: “O Edgar (Marcello Melo Jr.) usa calças curtas, muito comuns na época, mas que serão característica marcante deste personagem. Já o Vicente (Bruno Ferrari) é mais descomposto, usa combinações de texturas e padrões, pois é um cara descolado. Em contraponto, temos o figurino do personagem de Tony Ramos, que é o dono de uma fazenda. Ele anda muito a cavalo, então usa muita calça culote e bota. É um figurino mais sisudo e tradicional português”, explica.

Para compor o visual severo e sombrio da vilã Delfina (Letícia Sabatella), seu guarda-roupa terá peças típicas de Portugal, como o tamanco e os lenços em cores mais fechadas. Mas, por outro lado, é o figurino também que vai apontar a sensualidade que há na governanta de José Augusto (Tony Ramos) com roupas de baixo transparentes reveladas nos momentos de intimidade.

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No Rio de Janeiro, os cortes de cabelo também são típicos da época, e a ousadia marca o estilo de vários personagens. “No Rio de Janeiro vemos homens que estão usando a lâmina de barbear com muita frequência, como o deputado Teodoro (Henri Castelli)”. A personagem de Celeste Hermínia (Marisa Orth) terá em suas roupas um costume à frente de seu tempo. Ela usará peças contemporâneas e calças, vestuário que não era comum no guarda-roupa feminino. “A Chanel foi uma grande inspiração na criação do figurino dessa cantora de fado”, conta Paula. Assim como Celeste Hermínia, a personagem Olímpia (Sabrina Petraglia) usará um figurino muito característico da década de 20, mas com elementos que fogem à regra. “Essa personagem veio de Paris, onde tudo acontece, e ela abusa dos acessórios. Fomos um pouco para o oriental, misturando com clássico da época”, adianta a figurinista.

Anna Van Steen destaca ainda a importância do trabalho de caracterização da personagem de Andreia Horta. Lucinda terá uma grande cicatriz, causada por uma explosão, que será disfarçada com o cabelo, cobrindo boa parte do rosto. Curiosamente, a solução da caracterizadora tem uma inspiração na vida real: a mãe de Anna também usava um penteado semelhante para esconder um corte na face. O figurino de Lucinda quase se confunde com o de Maria Vitória (Vitória Strada), sua rival que habita os sonhos de Inácio (Bruno Cabrerizo).

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Tempo de Amar’ é uma novela de Alcides Nogueira com direção artística de Jayme Monjardim e direção geral de Adriano Melo. Baseada em um argumento de Rubem Fonseca, a trama é escrita em parceria com Bia Corrêa do Lago e com colaboração de Tarcísio Lara Puiati e Bíbi Da Pieve.

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.