O clima entre três emissoras da TV aberta com as principais operadoras de TV a cabo do país, não é nada bom. Reivindicando direitos, a Unidos da Simba, empresa formada pelo SBT, Record e RedeTV!, planejam uma grande guerra contra a TV paga que deve acabar nos tribunais.
De acordo com informações do colunista Daniel Castro, a Simba planeja cortar seus sinais das operadoras de TV por assinatura no mês de abril, após ocorrer o apagão do sinal analógico em São Paulo, cidade com o maior mercado televisivo do país.
Nesta semana, o grupo já enviou uma proposta para as operadoras de TV a cabo do país. No documento em questão, há a informação do desligamento da TV analógica no estado de São Paulo, e que a legislação permitirá que as redes abertas de televisão recebam pelos seus respectivos sinais digitais e que, por isso, já possibilita um avanço nas negociações em nome do SBT, Record e RedeTV!.
Juntamente, as três emissoras detêm cerca de 19,7% da audiência total da TV aberta e da TV por assinatura, de acordo com dados divulgados no mês de dezembro do ano passado. As emissoras de TV já esperam que as operadoras recusem a negociação para pagarem pelos sinais abertos, que atualmente são disponibilizados gratuitamente. As emissoras abertas estão curiosas para ver se as operadoras resistiram à perda de clientes, se caso os sinais dos canais abertos forem cortados.
Executivos do SBT, Record e RedeTV! sinalizam como certo que não haverá acordo com as operadoras e que, em abril, suas frequências serão cortadas em São Paulo, onde opera a Net, a maior operadora de TV por assinatura do país. A operadora Net, é uma das maiores opositoras da aprovação da Simba no Cade(Conselho Administrativo de Direito Econômico), que inclusive já sinalizou que não aceitará pagar pelos sinais abertos.
Vale lembrar, que recentemente a Simba começou as negociações com o Netflix, para o fornecimento de conteúdos próprios através do serviço de Streaming, como novelas, jornalísticos, linhas de shows, materiais especiais, etc., com exceção apenas de realities e filmes estrangeiros produzidos por terceiros. O objetivo da negociação é bater de frente com as operadoras de TV por assinatura, afinal os serviços de plataformas de streaming são os principais concorrentes da TV paga no país.
Colaborou: Paulo Freitas
