Longe das novelas da Globo desde Salve-se Quem Puder (2020), Carolina Kasting pode ser vista na reprise de Além do Tempo (2015) no Globoplay Novelas. Mas ela também volta ao ar na TV aberta num outro repeteco: Valor da Vida, trama portuguesa que será reexibida pela Band.
O folhetim, exibido pela emissora em 2023, volta ao ar a partir desta segunda-feira (30), às 7h da manhã. “Tem uma trama fantástica que prende o telespectador. Camilla Vasconcelos, minha personagem, tem trajetória de heroína, fazendo o público se apaixonar por ela desde o início”, lembrou a estrela, em entrevista ao site ‘Heloisa Tolipan’.
“Embora possua muitas camadas e no decorrer da novela tome decisões que a colocam na posição de vilã, o público já está com ela. Camilla é uma personagem tão profunda que, ao dar vida a ela, às vezes me parecia estar fazendo duas personagens: heroína e vilã na mesma pessoa”, elogiou.
+ Serginho Groisman se emociona com homenagem do filho no Altas Horas
Experiência em Portugal
Após estrelar inúmeras novelas na TV brasileira, Carolina Kasting atuou numa novela em Portugal, experiência que ela avalia como muito bem-sucedida. “Foi uma experiência profissional incrível fazer uma protagonista em Portugal, país em que a população cresceu assistindo nossas telenovelas e as personagens que fiz na Globo”, disse.
“Pessoalmente também foi uma experiência maravilhosa. Morei um ano em Portugal com meu companheiro, Mauricio Grecco, e meus filhos. Tom ainda era bebê. Conhecer outra cultura e estreitar laços com Portugal foi muito bom para todos nós”, continuou.
Atualmente afastada da TV, Carolina Kasting se dedica às artes plásticas e estudos na área teatral. “Venho de uma sequência de exposições coletivas e individuais, como a individual Ser Corpo Muitos Verbos, que realizei no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, em que apresentei performances na abertura para ativação de obras que ficaram expostas ao público. Estou fazendo graduação em teatro com a intenção de, no mestrado, falar sobre a articulação entre as artes cênicas e a arte performance”, explicou.
+ Novidade do Globoplay, Guerreiros do Sol faz sucesso no Nordeste
Reflexão
Na mesma entrevista, Carolina Kasting refletiu sobre sua carreira. “Os personagens nos escolhem e não o contrário. É um movimento de vida, uma trajetória, um trabalho desencadeia outro. Há alguns ‘nãos’ que fazem muito sentido e fazem nossa carreira mais que os ‘sins’”, contou.
“Eu disse muito ‘não’ ao cinema na época de Terra Nostra (1999) quando fui convidada. Eu avaliava muito em relação à qualidade das personagens e elas, infelizmente, ainda eram muito rasas, e a principal cena delas era de nudez e sexo. Não era uma personagem que se pudesse construir para interpretar aquilo, não me interessava”, lembrou a atriz.
“Acho que fui radical demais. Olhando para trás, eu podia ter feito algumas concessões para entrar no nicho do cinema. Porém, fiz uma trajetória consistente especialmente na Globo, o que é uma coisa rara — e isso foi determinante”, finalizou Carolina.
