Desde esta última terça (13), a Rede Século 21, emissora de TV católica aberta, encontra-se fora do ar, devido a greve promovida por seus funcionários. O canal de TV, vale dizer, é mantido pela Associação do Senhor Jesus. A greve tem sido realizada pela falta de pagamento dos salários e o não recolhimento de tributos trabalhistas, como FGTS e INSS.
Ao todo, cerca de 200 funcionários resolveram paralisar as atividades. Toda a programação ao vivo do canal saiu do ar, sendo substituída por reprises de antigos programas. Sem ter de onde tirar dinheiro, o canal tem pedido ajuda aos seus telespectadores em comunicados exibido na programação.
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“A situação é urgente. Nossa TV está temporariamente parada e com a programação em reprise devido à falta de pagamento dos nossos funcionários. Pedimos a você: por favor, nos ajude! Ajude a manter viva esta obra de Deus”, diz um trecho do texto exibido ao público da emissora, com um QR code ao lado para receber doações.
De acordo com uma nota do sindicato dos radialistas de São Paulo, a situação da Rede Século 21 tem se arrastado desde o ano passado, onde os salários dos funcionários são pagos com atraso desde setembro de 2024 e a entidade parou de recolher o FGTS e INSS dos contratados.
Com a greve, também foi suspenso os benefícios como o convênio médico. No dia 11 de março passado, os funcionários do canal já tinham aprovado uma greve, que foi suspensa depois da Associação do Senhor Jesus apresentar um plano de pagamentos para os credores, porém, o mesmo não foi cumprido.
“Apesar do compromisso assumido, a empresa não cumpriu integralmente o acordo firmado e demonstrou falta de interesse em dialogar ao ignorar os ofícios enviados pelo sindicato, que cobravam esclarecimentos sobre a solução dos problemas e a recorrência de atrasos salariais”, diz o sindicato.
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A Rede Século 21, vale dizer, vive de doações de empresas e dos telespectadores, eles não vendem espaços comerciais para terceiros, ao contrário do que acontece com as grandes redes de TV.
Ainda em nota, o sindicato informou que não existe uma previsão para o fim da greve: “Os trabalhadores decidiram pela continuidade da greve até que os salários sejam integralmente quitados e seja apresentada uma proposta concreta para a resolução dos demais problemas”.