No programa desta terça-feira, 13, Hebe Camargo recebe Daniel, convidado do quadro ‘Roda de Mulheres’. O cantor encara as perguntas da jogadora de futebol Marta, da apresentadora Cristina Rocha, da jornalista Marcia Piovesan e da apresentadora Amanda Acosta. Daniel fala sobre a chegada da segunda filha, Luiza, revela detalhes da intimidade e conta curiosidades da carreira. O cantor também revela que já se interessou pela Eliana, comenta o cenário atual da música sertaneja, fala da ideia de lançar uma autobiografia juntamente com um DVD especial em comemoração aos 30 anos de carreira e canta grandes sucessos. A cantora Alcione e a Companhia de Dança da Bielorússia também participam da atração.
Confira trechos da entrevista com Daniel:
Pensou em abandonar a carreira com a morte João Paulo?
Na hora. É o primeiro pensamento que vem à cabeça. Esse pensamento ficou me rondando por muito tempo. Até pouco tempo atrás, eu diria. Mas, a chegada da minha filha me fez renascer em muitas coisas.
É mais difícil cantar ou atuar?
Com certeza, ser ator é mais difícil. Eu não sou ator. Tive algumas oportunidades. Acho que é bem isso, levar a sua essência para aquele trabalho. Foi o que eu procurei fazer, na época. Levar muito da minha pessoa, da minha personalidade. Eu tive uma vantagem muito grande porque aceitei um personagem que tinha coisas que se pareciam comigo. Tentei levar tudo na naturalidade. Acho que eu me dei bem por isso, porque, se eu tentasse atuar de verdade, teria me dado mal. Ser ator não é fácil, tem que ter realmente uma certa tarimba.
Eliana
Era uma pessoa com a qual eu me identificava e assumo isso. Eu paquerava a Eliana. Eu cheguei a paquerar a Eliana.
O primeiro beijo e a primeira vez
Tudo o que aconteceu na minha vida até hoje foi natural. O primeiro beijo, eu tinha 16 anos de idade e o namoro durou cerca de um ano e meio. Foi na porta da casa dela. A primeira vez que eu transei, tinha de 19 para 20 anos. Foi com a terceira namorada e durou muito tempo, inclusive.
Traição
Se eu fui traído? Não sei ao certo. No passado, eu traí. Acho que temos que assumir.
Sertanejo Universitário
Existe a questão mercadológica. Tanto é que, muita coisa que eu ouço hoje no rádio – sou muito atento, principalmente ao estilo que eu faço – acho muita coisa parecida. Todo mundo tem aquela questão de seguir aquele mesmo caminho. Aqui está dando certo, então eu vou aqui. A sonoridade, as características, enfim… Não entendo essa questão de rótulo, só isso. Sertanejo universitário é musica, né? Teve uma fase da música sertaneja que era gente chegando e chegando. Só que a grande diferença que eu vejo é que tem muita gente com potencial hoje em dia, com muita qualidade para trilhar uma história. Coisas que a gente não via naquela época, quando aconteceu esse lance todo. Eu acho que não deveria haver o rótulo. Sou muito lá da terra mesmo, acho que consegui manter as minhas características em quase 30 anos de carreira. Acho que não me deixei levar por certas tendências do mercado, o que talvez seja natural para alguns. Mas, para mim acaba não sendo.
Autobiografia e filme
É um documentário que a gente deseja fazer, paralelo talvez a um DVD comemorativo. Quero realmente registrar esses 30 anos de história e não tem como desvincular a questão da minha vida pessoal com a minha carreira artística. São coisas que caminham juntas, paralelas. Sou feliz em dizer que, dentro do meu trabalho, consegui passar para as pessoas aquilo que verdadeiramente sou. Sou isso mesmo, dentro da música, fora das música, no palco ou fora dele.
O programa Hebe vai ao ar às terças-feiras, às 22h20, pela RedeTV.
