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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Pedro Bial conversa com imprensa sobre seu novo programa

Um programa multiformato, onde o recurso a diferentes levadas narrativas – do minidocumentário à dramatização, do testemunhal ao desenho animado […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
TV Globo/Nathalia Fernandes

Um programa multiformato, onde o recurso a diferentes levadas narrativas – do minidocumentário à dramatização, do testemunhal ao desenho animado – buscará dar conta de temas cuja complexidade desafia sua própria narração. Ambiente múltiplo de encontros, lugar disposto a abrigar os grandes assuntos que permeiam o cotidiano brasileiro. Ao mesmo tempo, um espaço de desconstrução de conceitos e pré-conceitos, em que embates de diferentes posicionamentos não pretendem levar a conclusões fechadas ou simplistas, mas propõem o questionamento dos “certos” e “errados” que nos movem. Assim é ‘Na Moral’.

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Com apresentação de Pedro Bial, idealizador do projeto, o programa, com estreia prevista para 05 de julho, logo após ‘Gabriela’, explora e esmiúça questões contemporâneas que afetam o nosso dia a dia. A cada quinta-feira, um tema será abordado e debatido por Bial e seus convidados. “O desafio de ‘Na Moral’ é entrarmos nestes grandes temas, encontrar histórias fortes e contá-las de diferentes formas”, comenta o redator-final Marcel Souto Maior. “O que nos interessa é a diversidade, sempre. Gerar embates. Ouvir testemunhos ou reconstruir trajetórias de pessoas que vivem as histórias que contaremos.”, pontua o diretor de núcleo e diretor-geral, Luiz Gleiser. E Pedro Bial complementa, esclarecendo o objetivo deste confronto de ideias: “Não há vontade de ditarmos regras, mas apenas fazer perguntas e ouvir as respostas, mesmo sabendo que não há repostas únicas nem definitivas às perguntas que faremos.”

Gleiser acrescenta como foi estimulante passar, com o grupo de criação responsável pela formatação de ‘Na Moral’, por incontáveis horas de discussões em reuniões cujas idas e vindas, com certezas absolutas e inseguranças fulminantes, culminaram em uma conceituação diferenciada e uma estruturação única para o programa. O grupo reuniu talentos como João Carrascosa, Fernanda Scalzo e Carla Siqueira na fase de elaboração e, durante a implantação, Mariana Reade e Mariana Torres, bem como os diretores Leandro Neri e Patrícia Guimarães.

O resultado deste trabalho poderá ser visto em um estúdio dinâmico, que se apresenta como um confortável e convidativo loft, sob a condução de Bial. Arquibancadas moduladas e divisórias móveis compostas de venezianas permitem arranjos diferentes ao espaço, que deve se reorganizar a cada semana para atender ao roteiro do dia. Por entre as frestas das cortinas, um estúdio cru, quase bastidor da própria atração. Sofás confortáveis para receber os convidados e uma videowall no papel de TV da casa compõem o ambiente.

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O cenário, entretanto, é pano de fundo para destacar a palavra, foco principal da atração. Palavras abastecem os depoimentos e opiniões de cada um dos presentes no palco. O aspecto multiformato de ‘Na Moral’ permite que elas sejam faladas, interpretadas dramaticamente ou citadas em canções. O recurso mais adequado é aquele que melhor realizar a história que está sendo contada, e isso torna cada episódio diferente do anterior.

Relatos de pessoas que experimentaram situações ligadas ao tema do dia serão ilustrados em minidocumentários ou em ‘docudramas’, espécie de encenação dramática de histórias reais, ou exibidos no videowall. O bate-papo também será alimentado por músicas relacionadas ao assunto em pauta. Um convidado ilustre tem à sua disposição um estudo de repertório para montar sua própria playlist, concluindo sua participação com a canção que melhor represente o tema do programa.

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O programa já nasce com uma música-tema, que estará na abertura. O sucesso ‘Na Moral’, da banda Jota Quest, foi regravado pelo grupo e ganha uma versão inédita, especialmente para a atração.

E ‘Na Moral’ continua na internet. No site do programa (www.globo.com/namoral), que será lançado em breve, o debate e a reflexão sobre os temas ganharão vida ao longo da semana. O telespectador poderá contar com muita interatividade e vídeos extras. Além disso, encontrará análises e comentários do apresentador Pedro Bial e ficará por dentro dos bastidores das gravações.

Construção cenográfica

Os primeiros elementos do cenário de ‘Na Moral’ nasceram em um jogo de tabuleiro, ponto de partida do cenógrafo Fernando Schmidt e da produtora de arte Marcia Rossi. Com miniaturas das peças que compõem o ambiente do programa, os profissionais puderam explorar sua mobilidade, em um espaço que se adapta de acordo com as necessidades do roteiro.

“Bial usa a palavra como forma, o que me levou a buscar referências do Dadaísmo, que tem esse aspecto de se apropriar das letras. A proposta de colocar uma ideia na mesa para ser debatida nos remeteu ao espaço grego das ágoras. E a maneira fascinante como ele faz o convidado se sentir confortável inspirou esta aparência de casa”, contextualiza Fernando. “Para compor o cenário, estamos garimpando objetos que fazem a diferença, assim como o conceito do programa”, completa Márcia.

São 12 as divisórias de madeira que se movem sobre rodas e delimitam o palco. A mesa do DJ e o videowall também são móveis. A primeira fica em frente a uma estante de livros, CDs e objetos de decoração, num ambiente clean que lembra o escritório de uma casa; e a segunda funciona como a TV do apartamento, abrigando inclusive DVDs em seu móvel. As arquibancadas que abrigam a plateia de 40 a 60 pessoas são tablados modulados, de diferentes níveis, e coabitam o espaço num tom residencial. Entre os assentos ou por detrás deles, alguns livros completam informalmente a composição do cenário.

Entrevista com Pedro Bial

Pedro Bial tem uma história rica de experiências profissionais admiráveis. Até os 18 anos, jogou basquete profissionalmente pelo Fluminense, seu time do coração até hoje. Como jornalista na TV Globo, foi correspondente internacional em Londres por oito anos, período em que fez coberturas históricas, como a queda do muro de Berlim e a Guerra do Golfo. De volta ao Brasil, por 11 anos esteve à frente do ‘Fantástico’ e há dez apresenta o ‘Big Brother Brasil’. Com um interesse cultural aguçado, estuda e escreve poesias e tem grande paixão pela música, tendo feito a cobertura da segunda edição do Rock in Rio. O cinema é outro ponto de interesse. Esteve à frente de três projetos cinematográficos: ‘Jorge Mautner – O Filho do Holocausto’ (2012); ‘Outras Estórias’ (sobre Guimarães Rosa) (1999) e ‘Os Nomes da Rosa’ (1998). Como escritor, é autor de “Crônicas de Repórter”, “Leste Europeu, Revolução ao Vivo” e da biografia de Roberto Marinho.

Este programa nasceu de um projeto seu. O que lhe instigou a criar uma atração que repensa grandes temas e discute a moral que dita decisões e julgamentos da rotina das pessoas?

Comecei a pensar nisso em 2008, depois que terminei o ‘Big Brother Brasil 8’. Combinei com a direção de jornalismo que não voltaria ao ‘Fantástico’ e então comecei a pensar numa proposta de programa. Segui fazendo alguns pilotos nestes anos e agora saiu do papel. A ideia era pegar um assunto e revirá-lo por todos os lados, mostrando o maior número de pontos de vista possíveis. Estender a máxima do jornalismo de “ouvir os dois lados” e ouvir os mil lados! Esse conceito foi amadurecendo e, do ano passado pra cá, surgiu este novo ângulo de olhar: quais decisões morais determinam as nossas decisões diárias. Não é algo pretensioso, não quer moralizar nada, talvez desmoralizar. (risos). E sempre usando a arma do humor.

O programa pretende trazer testemunhos, com diferentes abordagens, de pessoas comuns, artistas e especialistas. Qual você espera ser o principal desafio ao conduzir estes embates no palco do ‘Na Moral’?

Eu adoro implicar, provocar uma desarmonia, no sentido de instigar as pessoas. É da minha personalidade. Acredito firmemente que ideias opostas não se excluem; mais que isso, elas convivem. E elas precisam conviver, dentro de uma pessoa, de uma cabeça só. De certa maneira, a existência de uma se confirma no encontro com a outra.

Quais são os critérios utilizados para a escolha das pessoas que vão participar do ‘Na Moral’?

Pode ser qualquer pessoa. Todos os assuntos do ‘Na Moral’ fazem parte do dia a dia da gente e poderiam ser abordados de maneira intelectual. Mas nós vamos procurar pessoas que tenham vivido estes temas de alguma forma. E, indo além, pessoas que estão a fim de compartilhar dúvidas, que pensam que é melhor apresentar suas dúvidas do que ficar ditando certezas.

Você tem uma carreira múltipla, que passa por correspondente internacional, âncora do Fantástico, apresentador do Big Brother Brasil. O que você traz destas experiências profissionais, além, claro, das pessoais, para o ‘Na Moral’ e qual é sua expectativa para este novo desafio?

Tudo que fiz até hoje resultou neste produto, neste momento. Ainda não sei exatamente o que vai ser, só depois que começarmos a gravar, mas a expectativa é máxima. Ao mesmo tempo, tudo que posso fazer é realizar bem o que tenho que fazer.

O que você espera de reação do público depois da estreia da atração?

Espero que peçam mais. Não precisa nem gostar, mas se pedir mais já será ótimo! (risos)

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.