Taís Araújo se entrega ao sobrenatural em ‘Reencarne’: “Achei genial”

Nesta segunda-feira (20), Taís Araújo participou da coletiva virtual com o elenco de Reencarne, nova série da Globoplay, que estreia dia 23 de outubro. O Área Vip acompanhou tudo de perto. Ambientada no interior de Goiás, a produção mistura terror, suspense e drama existencial, explorando temas como vida e morte, bem e mal, desejo e redenção.

Na trama, Taís interpreta a cética delegada Bárbara Lopes, que começa a viver experiências sobrenaturais que desafiam sua visão racional do mundo.  A atriz, que morre de medo do sobrenatural, gostou do trabalho. “Quando peguei o roteiro, achei genial. Tinha muita originalidade. Ninguém tinha me dado uma personagem assim. Não sou uma pessoa que consome terror, mas gostei de fazer”, afirmou.

Taís Araújo vive delegada em série do Globoplay: “Personagem muito complexa”

Taís ainda destacou uma curiosidade. “Eu descobri uma coisa bem divertida, uma palavra que saiu muito do elenco: fazer terror é um exercício de poder também. Quando você é criança e dá susto em alguém, é um exercício de poder. Você se prepara para deixar o outro meio que na sua mão, tem que deixá-lo vulnerável. Então a gente entendeu isso, que dar susto é divertido também. E por isso nos divertimos tanto”, analisou.

A atriz se viu encantada pelo processo criativo por trás do gênero. “Quando a gente entendeu que o sangue, a virada do olho, a cabeça, o corpo… tudo o que podíamos usar como elemento, era tudo o que o ator quer. Essas são as nossas ferramentas. E quando percebemos também que o terror é um gênero em que todo mundo conta a história, o ator, o tempo de interpretação, a edição, a trilha, a câmera… tudo ajuda a criar o terror, né?”, explicou.

Segundo Taís, a experiência foi além da atuação. “A gente não teve um terror de pós-produção, até deve ter algumas coisas, mas era muito sobre a atmosfera que estávamos criando. Era muito legal construir essa atmosfera. A gente entrava num cenário, olhava e pensava: ‘Meu Deus, entra com o olho branco! Como é que vamos fazer isso?’ Então foi um exercício muito divertido e muito diferente”, falou.

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A série levanta reflexões sobre espiritualidade, fé e o que existe além da matéria. “Eu acredito muito nessa conexão entre o material e o espiritual. Ela pode ser vista de várias maneiras. Nesse caso, a gente olha pela lente do terror. Se eu tenho medo, é porque acredito. Se eu não acreditasse, não teria medo. Sob essa lente do misterioso, do sobrenatural, do que pode nos ajudar, acho que é bonito perceber que não estamos sozinhos, que existem outras camadas nessa vida. Quando a gente olha pra isso sem medo, é bonito também. Acho que o Elísio (Lopes Jr. , um dos autores da série) falou lá no início que a série trata um pouco disso: ‘entender se somos quem somos porque temos o material e o espiritual, ou se uma coisa conecta a outra’. Eu gosto de pensar sobre isso, porque acho que refletir sobre isso nos deixa mais humanos”, afirmou a atriz.