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Dira Paes se emociona ao gravar cenas de nova trama da Globo

Em entrevista ao Área Vip, a atriz disse que vem se emocionando vendo algumas cenas que a levam de volta no tempo.

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.
Dira Paes (Globo/Estevam Avellar)
Dira Paes (Globo/Estevam Avellar)

Em Verão 90, próxima novela das sete da Globo, Dira Paes será Janaína Guerreiro, uma mulher batalhadora mãe dos ex-astros mirins João (Rafael Vitti) e Jerônimo (Jesuíta Barbosa).

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A atriz define a personagem como uma mulher batalhadora típica da década, que luta para criar os filhos depois de ficar viúva. Para a artista, a nova trama de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, com direção de Jorge Fernando, será um presente para a equipe do folhetim e para o público, que poderá reviver alguns costumes da época.

Em entrevista ao Área Vip, a atriz disse que vem se emocionando vendo algumas cenas que a levam de volta no tempo.

Confira:

Verão 90 - Janaína com os filhos, João e Jerônimo (Globo/João Miguel Júnior)
Verão 90 – Janaína com os filhos, João e Jerônimo (Globo/João Miguel Júnior)

Como você define essa novela inspirada nos anos 90?

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Eu acho a novela um presente pra todos os envolvidos, mas principalmente para o público. Por que a gente não vai estar só homenageando os anos 90. Eu acho que a gente vai estar revisitando os anos 90 e nos lembrando de coisas que dizem respeito às mães, aos avós, ou a própria pessoa na infância. A novela vai nos surpreendendo ao longo das gravações, a gente vai tendo o impacto dessas lembranças. Eu como atriz e como personagem, me sinto muito envolvida com o complemento que a cenografia está trazendo, que o figurino está trazendo. Eu fui fazendo uma cena na fila de um banco e de repente olho pra trás e tinha uma menina (figurante) com um walkman.

Como você se sente com essas cenas?

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Me deu uma emoção logo depois. Isso vai permear toda a novela e todo mundo vai ter esse sentimento de nostalgia. Mas, sobretudo a nostalgia de um sentimento pré-tecnologia que a gente tinha. Nós éramos de fato diferentes, acho que a vinda da tecnologia nos transforma no comportamento. Eu sinto falta de como eu era antes da tecnologia. A novela vem brindar a gente com essa memória recente do que a gente era a pouco tempo atrás.”

O que você pode contar da Janaína?

A  Janaína Guerreiro  é a mãe dos dois meninos, o João e o Jerônimo, interpretados pelo Rafael Vitti e Jesuíta Barbosa. Ela é uma mãe exemplar, eu digo que a Janaína é uma mulher precursora dessa mulher contemporânea do século 21. Ela cuida dos filhos, ficou viúva cedo e trabalha para sustentar essas crianças, mas é mulher também. Ela reúne aquela equação da mãe, mulher e amiga, que ela já era naquele momento. Ela vem também com a força da dignidade, é muito autentica, fala o que pensa e não sei deixa seduzir pelo que acontece na infância dos filhos que é do Trio Patotinha. De repente os filhos dela, de pessoas comuns passam a ser adoradas pelo Brasil inteiro. Então como era ser uma mãe de criança famosa? Eu acho que ela tem o pé no chão e não se deixa levar por sentimentos fúteis.  

Como é mostrar essa mulher guerreira com uma certa leveza no horário das sete?

É uma personagem desafiadora, porque ela tem várias conexões, com vários personagens. E acho que vou estar nessa pluralidade de emoção. É uma trama das sete, mas eu brinco falando que se a gente der uma intençãozinha a mais, essa trama vira das nove. Então tem que ter muito cuidado. Às vezes tem uma intensidade cênica que se você levar para esse caminho a novela ganha um terço das nove. Mas eu gosto muito dessa trama em relação ao Jerônimo, gosto muito que o João também não é um bobo. Mas, as autoras conseguiram uma coisa que é muito difícil, não deixar os heróis bobos e não viver na inocência de estarem sendo enganado por pessoas espertas. O embate da Janaína é reconhecer que o filho tem um desvio de personalidade tão diferente dela e, ela não ser capaz de conseguir entrar no filho.

Você se vê nessa mulher? 

Eu me vejo em todas as mulheres. Mas eu acredito que o que eu posso emprestar para a Janaína é a mãe que sou, porque eu tenho dois filhos também e não quero que eles briguem igual os meus filhos na ficção. Eu fico sempre fazendo uma projeção de como deve ser duro ser mãe de dois filhos que não se entendem.  Ela tem uma fala que me comove muito, onde ela vira para o João e fala para ele: ‘Como é que eu posso ajudar o Jerônimo? Como você ajuda alguém que você nem entende, que você não conhece? Ele é tão diferente de mim’. É uma dificuldade e acho que as mães vão se identificar. É a dificuldade de você amar alguém, mas não conseguir penetrar na alma dela desde criança. Como mãe a gente faz projetos tão lindos e maravilhosos para os filhos e de repente você vê que tem um que você não consegue dominar, compreender e nem aconselhar.  

Como é pra você essa parceria com esse elenco jovem? 

Parece clichê falar essas coisas, mas a novela é muito boa de ler os capítulos. São capítulos complementares e quando você vê, está envolvida lendo. Quando a gente começou a gravar melhorou ainda mais, porque o Jorge (Fernando) cria não só para os personagens, mas a junção das cenas. Como é que vai fazer corte e sempre traz um elemento surpresa que faz você se sentir estimulado a fazer a cena. E eu acho que a novela vem com uma força grande desse elenco jovem. Acredito que vai traduzir muito desses adultos que nós somos hoje. A novela tem também um charme, uma graça e uma elegância na própria moda dos anos 80 e 90, acho que vamos trazer elementos que vão ser surpreendentes para os jovens e vão absorver nos dias de hoje.  É uma novela com muita emoção também, os encontros e desencontros dessa mãe com esse filho. Os desencontros dessa mulher Janaina com o amor que ela acha que tem. E essa mulher que tem que engolir a sogra do outro filho, a Lidiane (Claudia Raia), que não se dão bem de jeito nenhum.

A personagem tem um pouco de humor ao lado da personagem da Claudia Ohana?

Com certeza, é inevitável porque elas são muito diferentes. Vai ser um bom embate porque a personagem dela é maravilhosa. Agora a minha é mais essência, ela tem todo aquele volume dos anos 80. Acho que se a gente tivesse  30 anos atrás, elas sem dúvidas não seriam personagens que simpatizariam uma com a outra, aí tem uma trama também que se desenrola. O presente que eu ganhei do Jorginho de ter me escolhido para esse personagem, me honra muito. Primeiro ver o Jesuíta debutar em uma novela… esse ator incrível que a gente já esteve junto fora daqui , em outros trabalhos. O desabrochar do Rafa Vitti, um jovem homem que tem 23 anos, uma beleza linda. O desabrochar do Rafa Vitti, um jovem homem que tem 23 anos, uma beleza linda.  Poder repetir essa parceria com a Claudia, porque eu admiro muito a Claudia. Eu falo que se ela não fosse atriz ela poderia ser médica, porque ela só falta dar uma receita e assinar. Ela é uma pessoa muito experiente e generosa, ela divide tudo. O Humberto (Martins), nós somos um casal que se olhou e ficou junto. Então a gente está descobrindo qual a nossa graça, mas acho muito legal quando a gente descobre algo além do beijo. Tem humor também e vai ter uma surpresa que em breve ela vai ter um segundo candidato.

Se a Janaína tivesse um filho preso, ela iria visitar esse filho na prisão? 

Ótima essa pergunta. Eu ainda não sei o que a Janaína vai fazer, mas eu digo o que eu acho que a Dira faria. Eu acho que sim, porque a gente ama errado. O verdadeiro amor é ‘eu te amo’, mesmo eu achando você chato e intransigente. O amor é quase irracional nesse sentindo e o amor de mãe é mais além. Por exemplo quando a gente vai desmistificando os pais, quando a gente descobre que o nosso pai não é um pai herói, que a nossa mãe não é… mesmo assim você ama.  Agora a Janaína vai dar um basta em algum momento no Jerônimo. Mas esse basta não é uma questão do desvio do caráter, mas é do desvio do afeto. Porque o caráter parece que é mais racional e o afeto emocional, ela já tinha compreendido que tem um desvio de alguma coisa racionalmente. Mas quando ele vai no afeto ela não consegue e aí começa uma outra etapa na novela.”

Na  vida real, que tipo de mãe você é para os seus filhos  (Inácio e Martim)?

Eu tenho algumas mães, amigas, que eu olhava e pensava: ‘eu quero ser essa mãe’. Principalmente mães de adultos. Eu acho que a mãe de hoje em dia tem que agregar. Existe uma distância entre mãe e amiga, mas a gente tem que saber fundir as duas coisas, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Nem tudo a minha mãe conversou comigo, mas eu entendi tudo. Eu acho que é um pouco isso, ensinar as coisas básicas – por favor, com licença, obrigado e desculpa – isso tem que entrar naturalmente na boca da criança. Os meus filhos tem 10 e 3, são sete anos de diferença, mas o segundo já vai se inspirando no primeiro, tanto nas coisas boas quanto nas coisas ruins. Como na minha mãe teve 7 filhos, eu sou a sexta, eu também aprendi com os meus irmão. Então por isso eu queria tanto um segundo filho. Eu ficava pensando assim: ‘pra quem Inácio vai falar ‘lembra da mamãe?’ (risos). Eu quero que meus filhos descubram cedo, por que a vida me deu essa chance, que eles descubram o que vai fazer eles felizes.

A previsão de estreia de ‘Verão 90‘ é para o início de 2019.

Veja também:

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.