Miguel Thiré, com foto da infância presta homenagem ao pai Cecil Thiré: “Que saudade que corrói meu peito”

Miguel Thiré, filho de um dos grandes atores da teledramaturgia da TV brasileira, prestou uma homenagem emocionante ao pai Cecil Thiré, que morreu na última sexta-feira (9).

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Em seu perfil do Instagram, o filho do ator que seguiu os passos do pai, abriu o baú de fotografias da família e compartilhou registros seus da infância ao lado de Cecil.
Emocionado, ele abriu o coração, Miguel descreveu toda dor sentida com a partida do pai.

“E ele se foi ontem. Meu pai. Cecil Thiré, Cecíl Dirreis, seu Cecil, o grande ator, o premiado diretor de teatro, o careca da televisão, o amado e celebrado professor de interpretação da Cal…” começou ele.

E seguiu falando: “O que me levava ao sítio todo o final de semana e cozinhava enquanto jogávamos bola de gude entre seus pés. Não estou falando só de um pai, mas de um mestre, para muitos e para mim”.

“Quantas aulas de interpretação tive ao final de minhas peças ou cenas de novela. E quantos elogios carinhosos e críticas construtivas. Sabia dizer o que eu tinha pensado em cena, e, que se tivesse posto o foco na contracena, como resultaria melhor“.

“E fazia um bacalhau como ninguém. E cismava que iriamos fazer sushi de truta, e nós fazíamos“, recordou.

“Foi difícil vê-lo nos últimos anos, e eu me mudei para longe, para Lisboa. Sobre isso conversamos, dissemos tudo que tínhamos pra dizer”.

“Eu tenho uma saudade que corrói meu peito desse pai das fotos, que me ensinou a cavalgar e que disse “Ouve as opiniões mas pense sempre com sua cabeça”- Ou – Pai, posso subir naquele caminhão? (era alto), ao que ele respondia “subir pode, só não pode é cair! Se você cair vou ficar muito chateado”.

Confira a publicação de Miguel Thiré:

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E ele se foi ontem. Meu pai. Cecil Thiré, Cecíl Dirreis, seu Cecil, o grande ator, o premiado diretor de teatro, o careca da televisão, o amado e celebrado professor de interpretação da Cal, o que me levava ao Sítio todo o final de semana e cozinhava enquanto jogávamos bola de gude entre seus pés. Não estou falando só de um pai, mas de um mestre, para muitos e para mim. Quantas aulas de interpretação tive ao final de minhas peças ou cenas de novela. E quantos elogios carinhosos e críticas construtivas. Sabia dizer o que eu tinha pensado em cena, e, que se tivesse posto o foco na contracena, como resultaria melhor. E fazia um bacalhau como ninguém. E cismava que iriamos fazer sushi de Truta, e nós fazíamos. Teve difícil vê-lo nos últimos anos, e eu me mudei para longe, para Lisboa. Sobre isso conversamos, dissemos tudo que tínhamos pra dizer. Eu tenho uma saudade que corrói meu peito desse pai das fotos, que me ensinou a cavalgar e que disse “Ouve as opiniões mas pense sempre com sua cabeça”- Ou – Pai, posso subir naquele caminhão? (era alto), ao que ele respondia “subir pode, só não pode é cair! Se você cair vou ficar muito chateado” E pronto lá estava um pai sabendo ensinar-me a cuidar de mim. Eu subi naquele caminhão e não caí porque tomei um cuidado do caralho. Hoje subo meus caminhões por aí. Acabei de estrear como diretor uma experiência imersiva chamada “Alice, o outro lado da historia”. E foi muito difícil fazer aquilo, e eu tive que cuidar muito para não cair desse caminhão gigante, e queria muito que ele tivesse visto o resultado. Acho que a partir de hoje ele vai ver. Mas de tudo, o que mais forte fica é o amor e união de seus 4 filhos que passaram, cada um da sua maneira , esses últimos anos dele a cuidar. Sou muito grato aos meus irmãos, e sou , mesmo, muito grato ao meu pai. Que belo pai que tive.

A post shared by Miguel Thiré (@thiremiguel) on Oct 10, 2020 at 7:48am PDT