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Monica Iozzi defende Kim em ‘A Dona do Pedaço’

“Acho que a Kim não está agindo de maneira correta. Eu jamais faria nada disso, quero deixa muito claro. Eu defendo a minha personagem, por que se eu não defender, eu não vou fazer com verdade".

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.
Monica Iozzi / Instagram

Sucesso na pele de Kim em ‘A Dona do Pedaço’, Monica Iozzi defende a personagem, apesar de não concordar com algumas atitudes dela. Para a atriz, apoiar a Kim é uma maneira de fazer o público acreditar no trabalho. Porém, na vida real, Iozzi não teria as mesmas atitudes da loira platinada.

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Na trama de Walcyr Carrasco, Kim fez de tudo para se aproximar de Márcio (Anderson Di Rizzi), inclusive se aproximar de Silvia (Lucy Ramos) para conseguir conquistar o contador. A relação dos dois diverte o público, mas Monica não sabe se vai muito longe.

Reservada no que diz respeito a vida pessoal, a artista disse que sentiu necessidade em falar um pouco sobre as dificuldades que a vida lhe apresentou recentemente em entrevista à revista TPM para que o público saiba que nem tudo é glamour na vida do ator.

Quando passou no teste para o ‘CQC’, na Band, Monica tinha acabado de voltar para casa no interior por não conseguir se manter na capital paulista. Entrar para o programa foi o grande divisor de águas na vida dela.

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Em um bate papo com o Área Vip, a atriz falou sobre a personagem, a participação no Vídeo Show e a decisão de se dedicar mais a carreira de atriz.

Como você analisa a Kim até o momento na novela?

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Quando eu recebi a Kim, eu fiquei pensativa, por que ela era tão fora da casinha. Mas eu queria que o público gostasse dela, então como construir essa personagem difícil, tão paradoxal. Os valores dela em relação a vida são muito diferentes, então eu tinha muito medo do público implicar com o jeito dela. Mas eu acho que a simplicidade, ela é tão amalucada, que as pessoas têm uma certa compaixão, tem empatia por ela. As pessoas abraçaram a Kim, têm um carinho. Eu recebo muito carinho todo dia, está sendo maravilhoso.

Estão shippando muito a Kim com o Márcio?

A relação dos dois é uma coisa, eu nem imagino uma relação assim na vida real. Mas acho que é muito divertido. Mas se os dois vão ficar juntos, eu não sei.

Como você vê essa relação dos dois?

Cada pessoa sente atração por qualidades diferentes. E a Kim gosta de homens que são muito distantes do universo dela. Eu acho que o natural seria ela se apaixonar pelo Regis (Reynaldo Gianecchini), um homem que entende de moda, que teoricamente tem dinheiro, playboy e tal. Mas ela tem esse gosto peculiar por homens que são de um universo diferente. Então, ela tem essa fixação no Márcio.

Ela quer casar com o Márcio mesmo?

Ela quer, acho que é a coisa que ela mais quer. Nem sei se é tanto por causa do Márcio especificamente. Eu acho que ela tem essa vontade de ter alguém, ela é muito possessiva, gosta de mandar em tudo. Acho que ela tem vontade de ter um homem só dela. Ela está muito distante das mulheres reais.

E tem cada cena engraçada com os dois.

É, tem várias brincadeiras físicas de vai, corre atrás, pula no colo. Tem uma cena que a gente fez que ela pega a chave da casa pra ele não sair e joga dentro da roupa e ele quer sair desesperadamente. Daí, ele pega ela e chacoalha de cabeça pra baixo  pra chave cair. É tudo muito divertido.

Vocês riem muito no estúdio, na hora de gravar?

Às vezes sim, às vezes não. A gente tem que estar muito focado pra dar certo. O ideal é que as pessoas de casa riam. Mas se a gente se distrair muito, como tem muita coisa física, pode acontecer alguma coisa de errado. A gente está sempre bem concentrado ali.

Você acha que a Silvia dançou mesmo, tem que partir pra outra?

Eu não sei o que vai acontecer, mas eu acho que a Silvia não dançou não. Acho que a Silvia ainda está aí na parada. Vamos ver. A gente recebe coisas do público. Uma moça me falou no aeroporto que existe uma torcida pra que nenhumas das duas fique com ele. ‘Olha que ele fez com uma, olha o que ele fez com outra, ele é um banana’. Então tem gente que não quer ver ele com nenhuma das duas. Tem caminhos, né?

E você, o que você acha que tem que acontecer?

Como intérprete, não tem como você ficar torcendo. Por que se você torcer por um caminho, talvez o publico queira outra coisa, não seja o que o autor quer. A gente tem que torcer pra dar certo. Eu quero mais é que dê certo pra todo mundo.

Resumos de ‘A Dona do Pedaço’ – Semana de 29/07 a 03/08

Você parece muito intuitiva. Você estava fazendo um grande sucesso no Vídeo Show, aí optou pra ir pra dramaturgia, fez vários papeis maravilhosos e agora está na novela das nove. Eu vejo nas redes sociais que as pessoas te admiram muito.

Desde muito pequena eu acho que a gente tem que estar feliz no que a gente está fazendo. A minha busca é sempre essa, sempre me sentir com o que eu estou realizando naquele momento. Eu era muito feliz no CQC, mas também chegou um momento que eu comecei a querer outras coisas, era um ambiente pesado, eu acho que eu cumpri o que eu tinha que cumprir, vamos pra próxima. E eu estava sentindo muita falta de trabalhar como atriz, que essa é minha formação. É com isso que eu trabalhava antes de vir pra televisão, eu fiz faculdade de Artes Cênicas, é a minha grande paixão. Mas essa coisa de apresentadora surgiu no caminho. E eu não sou uma pessoa que me fecho muito. Eu acho que a vida é muito diversa, a gente tem que prestar atenção para o que nos é apresentado. Aí vim pra cá (Globo) fiz novela, aí surgiu o Vídeo Show. Mas eu também senti que eu ainda precisava. E era um programa diário, ao vivo, não dava pra conciliar.

Era difícil conciliar as duas coisas?

Eu não ia conseguir fazer o Vídeo Show e trabalhar como atriz. Isso aconteceu, durante 45 anos eu fazia novela Alto Astral e apresentava Vídeo Show. Mas não daria pra isso durar muito mais tempo, seria muito cansativo. E eu fui muito feliz lá (no Vídeo Show). Mas foi uma coisa realmente de sentir ‘poxa, vamos aproveitar que deu certo, que tá consolidado, que as pessoas gostam e vamos deixar esse trabalho bonito que foi, vamos fechar esse ciclo e começar um novo’. E a Globo entendeu, como sempre me entende, a minha relação aqui dentro é de respeito, de troca, e aí fui fazer a série, foi ótima, fiz dois trabalhos sem ser na comédia, Assédio e Carcereiros, foram importantíssimos na minha vida. Tem um trabalho que eu quase nunca falo que é uma das coisas que eu mais tenho orgulho. É uma série da GNT chamada Palavras em Série, eu queria muito que o grande público tivesse acesso, mas é na TV paga, um trabalho de cinco atrizes falando o texto de cinco autores que não são de dramaturgia. Sou eu fazendo o texto da Tati Bernardi (publicitária), a Camila Pitanga fazendo Hilda Hilst (poeta), a Regina Casé fazendo Clarice Lispector (escritora), aí temos também Lilia Cabral e Andrea Beltrão. Eu fiquei muito orgulhosa. Foi um dos trabalhos que me deu mais alegria. Eu to começando a falar mais por que realmente eu quero que as pessoas vejam. Mas fechando o que você disse, eu sempre busco estar feliz. E eu acho que quando a gente está fazendo nosso trabalho feliz, o público sente isso. Então as minhas mudanças tem a ver com o que eu apresento para o público. Até agora isso vem dando certo, eu não me arrependi de nenhuma das minhas escolhas até hoje.

Você sempre foi uma pessoa guerreira, não é? Batalhou, ficou do lado da sua mãe no momento da perda do seu pai.

Eu sempre falo pouco da minha vida pessoal. Mas eu achei interessante, eu falei pela primeira vez numa entrevista à TPM (revista). Todo mundo tem suas pequenas ou grandes tragédias ao longo da vida. E as vezes as pessoas veem a gente na televisão e pensam que tudo é muito glamouroso, que tudo é só alegria, que tudo é beleza, fama, dinheiro, mas todos nós temos uma trajetória. Então eu acho que eu quis falar sobre isso pras pessoas saberem que as coisas mudam. Se você passa por alguma tragédia, ninguém tá livre disso, se você tiver calma, contar com as pessoas que te amam e não desistir, as coisa vão dar certo. A minha ideia de contar foi talvez mostrar isso principalmente para os adolescentes. O tempo passa, as cicatrizes ficam, mas as feridas se curam e tudo pode dar certo.

Voltando à personagem, as pessoas atacaram muito a Kim porque ela estava pegando o cara da outra, no lugar machista de culpar a mulher, como você viu essa resposta?

Eu acho que todas as pessoas que vieram falar do relacionamento da Kim com o Márcio pra mim até hoje, vieram com esse olhar. Mas a Kim é uma mulher que faz o que quer fazer e está lutando pelo que ela acredita. Quem tá sendo ruim com a Silvia não é a Kim, é o Márcio. A gente tem essa visão estranha de que alguém rouba. Ninguém rouba ninguém de ninguém. É claro que ela é uma mulher que não tem filtro, ela tem um caráter volátil. Se ela tiver que prejudicar alguém pra conseguir o que ela quer, ela vai prejudicar. É claro que a Kim não é a pessoa que tem os valores mais correto do mundo, mas a gente não pode achar que o Márcio é uma vítima da situação. Ele é um homem, adulto, que estava se relacionando com outra mulher e optou de maneira consciente de ficar com essa outra mulher, que é a Kim. Essa coisa de ficar jogando a culpa na outra mulher, eu acho que já tá muito claro pra maioria de nós que isso já passou. O discurso não é mais esse. Mas eu Monica vendo a situação, acho que a Kim não está agindo de maneira correta. Eu jamais faria nada disso, quero deixa muito claro. Eu defendo a minha personagem, por que se eu não defender eu não vou fazer com verdade. Buscar o que ela quer, ela está corretíssima, mas se aproximar da outra pra buscar informações pra ficar com o cara, não, por favor não.

E como está sendo fazer essa pessoa envolvida com o mundo de digital influencer?

Eu fui me relacionar um pouco mais com esse universo dos digitais influencers por causa da Kim. Eu acompanha nas redes sociais tinha mais a ver com o meu trabalho, com notícias ou com política. Os digitais influencers eu mergulhei por causa dela. Isso é muito legal no nosso trabalho, você começar a descobrir coisas novas. No Vade Retro eu descobri religiões, um tipo de comédia que não tem aqui no Brasil que mistura terror com humor. Depois eu mergulhei em literatura pra fazer Palavras em Série. Eu acho que cada trabalho te dá uma experiência novo. O próprio Vídeo Show, o que vocês quiserem saber de televisão eu sei.

O que você achou do Instagram que agora escondeu as curtidas das postagens?

Cada um tem uma leitura. Pra mim, eu Monica, não mudou nada. Acho que eu nunca foquei realmente nisso. Agora pensando de maneira geral, se o Instagram está fazendo isso realmente porque pensou na saúde mental dos usuários, que bom, eu acho maravilhoso. Mas eu acho que nós estamos falando de uma grande corporação, uma coisa mundial. Eu sou uma pessoa muito cética em relação a algumas coisas. Aí eu vejo uma empresa deste tamanho com essa preocupação… Vamos ver.

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.