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Saiba mais sobre ‘Guerra dos Sexos’, a nova trama das 19h da Globo

Saiba mais sobre ‘Guerra dos Sexos’, a nova trama das 19h da Globo, que estreia nesta segunda, dia 01. Em […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Rede Globo/João Miguel Júnior

Saiba mais sobre ‘Guerra dos Sexos’, a nova trama das 19h da Globo, que estreia nesta segunda, dia 01.

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Em ‘Guerra dos Sexos’, Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) vão mostrar os conflitos e prazeres entre homens e mulheres na eterna busca da superioridade. Ambientada em São Paulo, a novela tem autoria de Silvio de Abreu com colaboração de Daniel Ortiz, direção de núcleo e geral de Jorge Fernando e direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães.

Até que um testamento os una novamente!

A idade não é empecilho para Charlote II de Alcântara Pereira Barreto (Irene Ravache). Charlô, como prefere ser chamada. Exímia piloto de carro, moto e avião, também atira como ninguém e pratica aulas de paraquedismo. Se você já está sem ar, imagine quando souber que ela também é adepta de safáris na África, missões antropológicas pelas selvas amazônicas e furtivos casamentos e arrebatadoras aventuras amorosas. Alegre e destemida, só perde o humor quando o primo a chama de Cumbuqueta. Em retaliação, Otávio II de Alcântara Rodrigues e Silva (Tony Ramos) é logo apelidado de Bimbinho por Charlô. O sexagenário senhor é sisudo, medroso, cheio de manias e hipocondríaco. De hábitos pouco saudáveis, parece até ter alergia a palavra ginástica. Só lhe vemos com disposição quando está a proferir rebuscados e moralistas discursos sobre as maravilhas de ter nascido homem. Poucas mulheres passaram por sua vida, apesar de muitos desconfiarem de que, em suas fugas na calada da noite, realiza encontros amorosos com algumas “rivais”. Comprovando a teoria de que os opostos se atraem, os dois – acredite se quiser! – tiveram um tórrido romance na adolescência. Chegaram a ficar noivos, mas Charlô II jamais aceitou os mandos do machista Otávio II, que, por sua vez, nunca cederia a uma feminista. O grande amor acabou se transformando em ódio. Separados, mantiveram em comum apenas a paixão pelo golfe e o gosto por apostas. E se tivessem apostado, jamais imaginariam que uma herança milionária e uma condição surpreendente os uniriam outra vez. Os dois quase caíram para trás quando o tabelião leu o testamento de Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), mortos de infarto duplo numa prolongada noite de amor. Os tios homônimos deixaram para seus únicos descendentes a mansão onde viviam e a rede de loja Charlô’s, sem direito a negociação de venda fora da família. Os primos, teimosos e irredutíveis, preferiram dividir a mesma casa e a administração das lojas a ter que ceder e vender seus exatos 50% para o outro. A coincidência assombrou a governanta Olívia (Marilu Bueno). Ela não acreditou que, depois de anos servindo ao excêntrico casal, que também se odiava e acabou casando, teria agora que dividir-se entre os novos moradores da mansão. Charlô ocupa um lado da casa; Otávio, o outro. A sala principal, onde se encontram pelas manhãs, é vigiada pelos enigmáticos olhares dos tios, imortalizados em grandes quadros sobre a lareira.. Olívia, sempre assustada, jura que as imagens mudam de expressão. Será?

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Família criada, paz arrasada!

Os implicantes primos movimentam o lugar como ninguém. Quer dizer, o primo, o filho da prima, as filhas do filho da prima… e mais alguns moradores de São Paulo que, vez ou outra, aparecem por ali. Apesar de não morar na mansão, Felipe (Edson Celulari) está sempre visitando a mãe adotiva Charlô e as filhas Juliana (Mariana Ximenes) e Analú (Raquel Bertani), que moram com a avó. Trabalha ao lado de Otávio como diretor-administrativo das lojas da família. Opa! Otávio? Você disse Otávio? Sim, o pior é que, para infelicidade de Charlô, o filho é o braço-direito do tio e absolutamente idêntico a ele em temperamento e ideologia. Da mãe, puxou apenas o gosto por casamentos. Coleciona ex-mulheres e já foi inclusive proibido por Otávio de casar-se novamente. É dessas pessoas que não têm a capacidade de manter as coisas em ordem, mas mesmo assim consegue achá-las no meio do caos. E por falar em casamento, o que dizer de Analú, a caçula de Felipe?! A moça, confusa como o pai, desistiu do noivo Kiko (Johnny Massaro) no fatídico dia do “sim”, já vestida de noiva. Nem a pomposa cerimônia organizada na casa da família conseguiu segurá-la: Analú pulou a janela e correu pelos jardins da mansão até desaparecer pelo portão. Ela é assim mesmo: inconsequente e volúvel, a cada semana aparece com um estilo diferente e abraça uma nova causa. Otávio jura que a fuga da sobrinha teve o dedo de Charlô. A irmã mais velha Juliana (Mariana Ximenes) é completamente diferente. Altamente competente, ela coordena a chefia de departamentos da Charlô’s. Feminina, bem-sucedida e consciente do papel da mulher na sociedade, é o orgulho da avó de quem é fiel escudeira. Adora o pai Felipe, mas profissionalmente não concorda com ele. Ela protagoniza discussões acaloradas sobre o rumo das lojas, mostrando-se uma mulher firme. Atrai olhares a quilômetros de distância por sua beleza e simpatia, mas possui certa melancolia que intriga Nando (Reynaldo Gianecchini). Ah, como não falar dele! Nando é o motorista da família Alcântara. É o confidente e aliado de Otávio, o único que sabe onde o patrão passa as noites quando não dorme em casa. Se quiser falar com ele, terá que procurá-lo além da garagem da mansão. O boa gente Nando pode ser visto fugindo de cachorros, escalando árvores e pulando muros. As confusões em que se mete são de perder o fôlego! Aliás, mesmo inerte ele deixa qualquer uma sem ar. Lindo e de porte atlético, não tem a menor noção do impacto que causa nas mulheres. Mas adoraria abalar o coração de Juliana. Apaixonado, a observa de longe, quietinho. Ele acredita não ter a menor chance com a moça…

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Os amores proibidos de filha…

Juliana realmente não tem olhos para Nando. E nem tinha para Fábio (Paulo Rocha) quando o conheceu. O ex-secretário de Felipe, vindo de Portugal, vivia na mansão e era muito querido por todos. Em Juliana, encontrou uma amiga com quem dividia seus problemas e a vontade de pedir demissão para dedicar-se à fotografia. A admiração acabou virando amor, mas os dois perceberam tarde demais, quando Fábio já estava casado com Manuela (Guilhermina Guinle). Viram como o motorista conhece a amada? Juliana realmente carrega a tristeza e a culpa de se relacionar com um homem casado. E da paciência que precisa para tê-lo só para si. Manuela (Guilhermina Guinle) não é uma mulher fácil e nem pensa em abrir mão do casamento. De família rica e sofisticada, gosta de fazer inveja nas amigas ao posar ao lado do lindo e bem-sucedido marido, o agora fotógrafo das lojas Charlô’s. É problemática, fútil, perturbada e não enxerga o pouco carinho e atenção que dá à pequena Ciça (Jesuela Moro). Fábio sonha com o dia em que conseguirá assumir seu amor por Juliana, mas tem verdadeira adoração pela filha e não quer que seu xodó sofra com a separação. Enquanto espera a situação se resolver, o casal mantém o segredo dentro da empresa. Para não levantarem suspeitas, Juliana e Fábio se aproveitam das diferenças naturais entre eles para parecerem dois inimigos. Vivem às turras, discutindo por qualquer coisa e opondo-se ao ponto de vista do outro. Longe dos olhares curiosos, vivenciam encontros apaixonados. Para que ninguém desconfie do seu segredo, Juliana resolve aceitar novamente os galanteios de Ronaldo (Jesus Luz), seu ex-noivo e o mais novo contratado da Charlô’s. Fábio, por sua vez, finge paquerar as modelos da loja, apesar de demonstrar veracidade impressionante em determinados momentos. Há quem jure que as noites depois do expediente rendem bem para o fotógrafo. De complicado, esse amor não tem apenas o casamento de Fábio. Em surpreendente acordo e para frear as constantes investidas de Felipe (Edson Celulari) nas moças da empresa, Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) decidiram proibir relações amorosas entre os funcionários de toda a rede de lojas. Sem exceções! A multa pela infração é a sumária e justa demissão!

…e os amores proibidos de pai!

No caso de Felipe, a situação ainda se agrava pela perda de seu cargo e herança. Mas a verdade é que ele parece não ligar a mínima para a norma da empresa. Também pudera! Que homem resistiria ao estonteante par de pernas de Vânia Trabuco de Morais (Luana Piovani)? A executiva da Charlô’s sabe de seu poder. Por todas as empresas por onde passou, acumulou um grande histórico de cantadas e paqueras. Mestre na arte da sedução, sempre se esquivou de todas elas com discrição e destreza. Quando começou a trabalhar nas lojas, o primeiro admirador de sua beleza foi Otávio (Tony Ramos), mas o que encantou Vânia foi o ar displicente de Felipe. A relação dos dois é discretíssima. A executiva é ambiciosa o suficiente para não deixar qualquer pista que possa colocar em risco sua posição dentro da loja e abalar a confiança que Charlô (Irene Ravache) e Juliana (Mariana Ximenes) depositam nela. Longe de ser dissimulada e mau caráter, Vânia mata muito homem de inveja por sua segurança e competência. Não tem para ninguém: ela fura qualquer bloqueio, resolve qualquer problema e é clara em qualquer assunto, principalmente quando se trata de marido e filhos… que não quer ter sob hipótese alguma. Mas nem tudo é tão claro e certo quando a questão são seus relacionamentos. Vânia se envolverá com Ulisses (Eriberto Leão), um carregador das lojas cujo sonho é formar família e morar numa casinha com gerânios na janela.

Enquanto isso, lá na vila…

As pessoas que trabalham nas lojas Charlô’s são animadas, mas os moradores da Vila da Mooca não ficam atrás. Ali pela Zona Leste de São Paulo, vive uma família bastante peculiar, a começar pelo nome do patriarca. Dinorah Carneiro (Fernando Eiras)! Ué, não seria matriarca? Não, não. Para a infelicidade de Nieta (Drica Moraes), o nome do marido é mesmo este! Dino, como o chamam, é o comprador e contador da Positano, a confecção de seu cunhado Vitório (Carlos Alberto Ricceli). Honestíssimo como poucos, irritando ainda mais a esposa, passará por uma verdadeira provação quando aparecer a oportunidade de crescer de maneira um tanto quanto obscura. Nieta é assim mesmo, meio amargurada, meio ranzinza, mas no fundo é boa gente. Ao contrário da irmã Roberta (Glória Pires), não deu certo na vida e a pobreza é algo insuportável para ela. Ajuda em casa cozinhando para fora, vendendo marmita ou até mesmo fazendo canudinho de coco para vender na feira. Apesar de tudo, tem vontade de vencer e, na falta absoluta de papas na língua, vai nos matar de rir com suas tiradas! O casal teve Carolina (Bianca Bin), nosso lobo em pele de cordeiro, nossa vilã, que poderia facilmente seguir carreira de atriz tamanha a facilidade para se passar por boa moça. É o orgulho da mãe, que não faz a menor ideia das verdadeiras intenções da filha: trabalhar nas lojas Charlô’s, roubar o cargo de Juliana (Mariana Ximenes) e conquistar o fotógrafo Fábio (Paulo Rocha). Enquanto arquiteta sua ascensão, namora temporariamente (segundo ela), o ingênuo Ulisses da Silva (Eriberto Leão), carregador da Charlô’s e aspirante a campeão de MMA (Artes Marciais Mistas). Na casa dos Carneiro, ainda há espaço para Nenê Stallone (Daniel Boaventura), irmão de Nieta e Roberta. O apelido, já se imagina de onde vem, não é mesmo?! Nenê se acha tão parecido com o ator americano que passa horas trabalhando os bíceps e tríceps no quintal da casa. E atenção: não esperem outro tipo de trabalho do quarentão. Da categoria “não venci na vida”, tira dinheiro de onde pode até achar a mulher perfeita para dar o golpe do baú. Imaginem o momento em que o bonitão conhecer Charlô (Irene Ravache) e, automaticamente, matar Otávio (Tony Ramos) de ciúmes! Em casa geminada, moram os vizinhos Da Silva. Ulisses, namorado de Carolina; Zenon (Thiago Rodrigues), seu irmão mais novo; e Frô (Mariana Armellini), atendente na lanchonete da Charlô’s. Feinha e sem muita sorte no amor, enfrenta a super proteção dos irmãos enquanto sonha em conquistar o amado Nando (Reynaldo Gianecchini), que aluga um quarto na casa. Zenon é um parágrafo à parte. Mais malandro do que mau caráter, se aproveita do incentivo do irmão nos treinos de MMA para não precisar trabalhar. Treinos esses que acontecem uma vez na vida e outra na morte! Seu esporte preferido é mesmo o trio farra-mulheres-bebida! O rapaz é a verdadeira paixão de Carolina, e o castigo da moça, assim como ela é o seu. Zenon é o único que conhece o caráter da cunhada. Até que os dois formariam um lindo casal, não acham?

Seria cômico se não fosse trágico

Lembra do vexame do casamento na mansão dos Alcântara? Pois então… ali foi o início de tudo! A fuga de Analú (Raquel Bertani) deixou a família de cabelo em pé! Era preciso avisar os convidados de que já não haveria casamento. O pai da noiva tentava educadamente explicar o ocorrido, mas a mãe do noivo falava em cima e o acusava de irresponsável. Frente a frente, olho no olho, Roberta (Glória Pires) e Felipe (Edson Celulari) soltavam faíscas de raiva! Como apagar esse incêndio? Com água? Não, com torta na cara! No ápice da confusão, uma pobre torta de morango, que passava despretensiosamente pelo local, é arremessada por Roberta com direção única e certeira: o rosto de Felipe. Pasmo, ele só teve forças para retirar os óculos sujos de chantilly. Digna de novela, a cena poderia render deliciosas gargalhadas aos presentes se não tivesse culminado no infarto fulminante de Vitório Leone (Carlos Alberto Ricceli), pai do noivo e marido de Roberta, que não resistiu ao imbróglio e faleceu ali mesmo. Roberta foi do céu ao inferno. Depois de 20 anos de um casamento feliz com um companheiro extraordinário, ela estava sozinha e desamparada. Os dois formavam mais que um casal, eram uma dupla: ele, um excelente empresário; ela uma perfeita anfitriã, que organizava os incríveis desfiles da Positano Sport Club, marca de roupas esportivas que Vitório criou e gerenciou até sua morte.

Senhoras e senhores, façam suas apostas!

Viúva, Roberta encontrou resistência dos diretores da fábrica em aceitar sua decisão de assumir a presidência. Tirando forças sabe-se lá de onde, ela se manteve firme e determinada, principalmente quando Otávio (Tony Ramos) entrou em ação reivindicando sua parte da Positano. Ninguém conseguia acreditar, mas na verdade o casamento era armado, um negócio entre Otávio e Vitório (Carlos Alberto Ricceli), que além de uma vultosa quantia em dinheiro, paga por Otávio a Vitório, ainda incluía uma forcinha na relação entre Kiko (Johnny Massaro) e Analú (Raquel Bertani) em troca de ações da Positano. A união serviria bem para as duas famílias e perfeitamente para Otávio, que teria mais poder dentro da Charlô’s, já que a marca era fornecedora exclusiva da rede de lojas. O valor estipulado foi pago a Vitório, a transação documentada, mas misteriosamente tanto o dinheiro quanto os recibos desapareceram na tarde do casamento. Acabou ficando o dito pelo não dito: Otávio jura que Roberta o está enganando para não entregar-lhe sua parte; e Roberta tem total convicção de que Otávio está blefando. Assumidamente um contra o outro, iniciam-se as batalhas: Otávio quer cancelar o contrato com a Positano entregando a exclusividade a outra marca; Roberta pede uma reunião definitiva com Otávio, ele não concede; Felipe discute com ela e a põe pra fora de sua sala; Otávio cancela o desfile da próxima coleção num renomado evento de moda, promoção idealizada por Charlô; Roberta entra com um processo na justiça contra a rede de lojas; Felipe pressiona os homens da diretoria e os convence de que os produtos Positano perderão qualidade, agora comandados por uma mulher; até que……CATAPLOFT!!! Charlô cai de paraquedas e bem no meio do campo de golfe onde Otávio joga. Avisada por Juliana (Mariana Ximenes) sobre toda a situação na loja, ela realmente não poderia manter-se ausente e decidiu então abandonar o seu curso de paraquedista de guerra no Iraque em prol do bom funcionamento das lojas. Enfim, com o seu retorno, o primo se assusta e a briga se acirra. Sem acordo de paz por nenhum dos lados, a instabilidade dentro das lojas parecia não ter fim. Porém, depois de mais uma acalorada discussão sobre os valores masculinos e femininos, a solução chega de maneira irreverente e bastante conhecida da família Alcântara. Uma APOSTA entre Otávio e Charlô! Um dos dois deverá abrir mão de sua parte em nome do outro, num arriscado jogo de 100 dias, período em que Charlô e sua equipe têm para elevar o lucro da principal loja da rede. Se falhar, além de perder tudo o que herdou, ela ainda terá que assinar um atestado definitivo de incompetência, reconhecendo a superioridade masculina sobre o seu sexo. Mas, se vencer, quem perde tudo e assina o atestado é Otávio. Desafio aceito, GUERRA DECLARADA! De um lado, a trapaceira e ardilosa dupla Otávio e Felipe (Edson Celulari). Do outro, Charlô, Juliana (Mariana Ximenes), Vânia (Luana Piovani) e Roberta Leone (Glória Pires). E quem mais aparecer e quiser entrar na confusão! No final da cômica disputa, o troféu é a prova da superioridade…. masculina? Ou seria da feminina? Homens e mulheres, sigam o exemplo… façam suas apostas!

Vestido justo, terno lilás e camisas de alfaiataria… tem para todos os gostos!

Limpeza, despojamento e glamour. É com este trio poderoso que a figurinista Marília Carneiro define o estilo dos personagens de ‘Guerra dos Sexos’. “E sem excessos”, complementa. A ideia de apenas realçar a beleza de cada ator partiu das referências das comédias cinematográficas dos anos 40, tão presente no texto de Silvio de Abreu. Para o sexo frágil, quer dizer, forte, Marília buscou sofisticação e elegância. Charlô (Irene Ravache), a mais barroca das fortes mulheres da trama, exigiu que a equipe de figurino vasculhasse antiquários e feiras de antiguidades para reunir joias fora do padrão. “Por viajar bastante, Charlô compra muitas peças fora do Brasil. Traz como lembrança e incorpora ao seu excêntrico estilo”, explica Marília. Quem vê a personagem pela primeira vez logo identifica um traço marcante de sua personalidade. Charlô é politicamente incorreta, assim como as peles e plumas que usa para completar as elegantes blusas e calças de seu guarda-roupa. Vestidos e saias quase não entram; dificultam o constante movimento em que se encontra nossa protagonista. Já a neta Juliana (Mariana Ximenes) é todo o contrário da avó. Saias e vestidos bem marcados destacam o corpo esguio e a beleza da personagem. Para a executiva, que trabalha de dia e tem vida social à noite, peças que se complementam são prioridade. “O armário da Juliana é o sonho de consumo de toda mulher. São peças variadas, muito elegantes, de grife e pouco acessíveis – “mas que deixam qualquer uma deslumbrante, sem exageros”, conta a figurinista. Atenção: Juliana não é uma patricinha paulistana. Ao contrário, usa seu bom gosto para comprar peças certeiras. Muito feminina, abusará dos vestidos e deixará o jeans de lado. Roberta Leone (Gloria Pires) é o poder. Para Marília, não há palavra que melhor defina o estilo da personagem. Ela é uma mulher que está sempre arrumada, de salto alto e com tons fortes como o vermelho e o turquesa, que realçam o cabelo e a pele morena da atriz. De esposa dedicada com seus vestidos fluidos à executiva de tailleur mais viril, seu figurino marca bem a transição pela qual passará Roberta. Mas não importa o momento, joias de pedras grandes e cores vivas, encomendadas e produzidas exclusivamente para a personagem, estarão sempre com ela. Do outro lado de São Paulo, na Vila da Mooca, está uma das mais características personagens. Nieta (Drica Moraes) é a típica mooquense que não sai sem seu casaquinho de tricô, seja para o friozinho da manhã ou para o da noite. Sempre de tênis e pochete para facilitar no dia a dia, ela é marcada pela dureza do asfalto. “Fiquei 48 horas na Mooca, comprei várias peças no shopping que existe no bairro. Os moradores da região tem uma forma muito peculiar de se vestir. Para este núcleo, usei muito jeans, que é um tecido mais pesado, mais duro”, conta a figurinista.

E para o outro lado da força? Como foi pensado o figurino dos homens?

Otávio (Tony Ramos) tem figurino bastante particular. “Retrô, eu diria”, corrige Marília. A figurinista se inspirou nos atores Clark Gable e Gary Cooper, galãs norte-americanos da década de 40, para marcar o personagem com roupas clássicas e austeras. Tudo nele remete à realeza, dos pullovers de cashmere ao hobby com o brasão da família. Calças e camisas de alfaiataria, ternos de corte reto e sapatos tradicionais enchem as gavetas do sisudo Bimbinho. O oposto do “engomado” tio, Felipe (Edson Celulari) não sabe como dar nó em gravata nem se liga se o botão está na casa errada da camisa. Ele está sempre com a gravata frouxa, com a calça amarrotada e com o punho da camisa aberto. Para montar o displicente executivo, a equipe de figurino se inspirou em intelectuais e cineastas que, não por mau gosto mas sim por distração, pouco se importam com a indumentária. Fora do escritório, Felipe adora moletons e malhas para curtir o lar doce lar. Mais oposto ainda, o irmão de Nieta e também morador da Mooca, Nenê Stallone (Daniel Boaventura), é um caso a parte. Quase surreal, é a versão paulistana do malandro carioca. O galã de terno branco e sapato bicolor, que certamente arrancará gargalhadas de quem estiver por perto. “Nenê é mais duro, tem menos gingado que o convencional malandro, mas veste com muita propriedade os ternos retos, grande e de cores como lilás e bege”, brinca Marília.

Cabelo tradicional e maquiagem natural também fazem graça

Na trama, não veremos maquiagem pesada, cortes de cabelo extravagantes ou qualquer coisa fora do comum. A preocupação maior dos caracterizadores Erica Monteiro e Leonardo Almeida foi a de evitar a caricatura. “Eles não fazem rir pela maquiagem ou pelo tipo de cabelo que usam nem sabem que suas vidas são tão engraçadas”, contam. O trabalho focou realçar a beleza de cada ator e atriz, baseado sempre na personalidade dos personagens. Erica e Leonardo passaram dias em São Paulo observando como os paulistanos se preparam para enfrentar o dia a dia. “As mulheres usam maquiagem todos os dias, para qualquer ocasião. Esse é um ponto importante na vida dessas pessoas”, comenta a caracterizadora. Os tons de esmalte, sombra e batom escolhidos seguem um dos traços mais marcantes da trama: a leveza. Cores neutras e claras como pêssego, laranja, bege e marrom são usadas por quase todas as personagens. “A ideia é mesmo realçar o que cada uma tem de mais bonito. É tudo muito natural. A única que usa um batom vermelho mais fechado é a Roberta (Gloria Pires) porque ela vai se transformando durante a trama”, explica Leonardo. Para ajudar a atriz Irene Ravache a encontrar a sua Charlô, a equipe de caracterização marcou e arqueou levemente suas sobrancelhas e apostou no vermelho nas unhas para passar modernidade e segurança. Já em Tony Ramos, foi necessário utilizar spray para esbranquiçar alguns fios de cabelo perto dos ouvidos. Para surpresa (e inveja) de muitos, o ator não é grisalho. “O Otávio precisava desses frios brancos para passar mais austeridade e o Tony tem o cabelo bem negro”, conta Erica. O bigode do ator também ganhou atenção especial: a famosa ponta esticada nas laterais permite que o personagem mostre toda a sua classe.

As lojas Charlô’s agradecem a visita! Volte sempre!

A equipe de cenografia de ‘Guerra dos Sexos’ estudou a fundo durante quatro meses para reproduzir, em cidade cenográfica, os dois principais ambientes da novela: a sede das lojas Charlô´s e a Vila da Mooca, zona leste de são Paulo. Com inspiração nas grandes lojas de departamento inglesas, a fachada da Charlô´s tem aproximadamente 50 metros de extensão. Por ali, estão modernas e conceituais vitrines que expõem relógios, perfumes, moda masculina e feminina. São vitrais tão grandes que é possível, de fora, ver o interior da loja e vice-versa. Os cenógrafos José Cláudio, Eliane Heringer, Fábio Gomes e Claudiney Barino explicam que a ideia é passar grandiosidade à loja. Ao entrar, o “cliente” já tem noção do que pode comprar. Está tudo exposto em grandes estandes perfeitamente organizados e separados por tipo de produto. Os materiais usados, como espelhos, cerâmicas e porcelanato, e as proporções utilizadas são reais, possibilitando gravações na parte interna da loja. “A Charlô’s é realmente uma loja de departamento. Tudo ali dentro é real, a começar pelo tamanho. O telespectador vai perceber essa diferença no ato”, comenta Eliane. No primeiro piso, além dos estandes, está uma grande escada rolante que leva os clientes aos outros andares da loja. No mezanino, se vê o elevador privativo que leva ao andar da presidência. Por ali, os personagens principais transitarão com frequência. Do outro lado da cidade, Nieta (Drica Moraes), Dino (Fernando Eiras), a vilã Carolina (Bianca Bin), Nenê Stallone (Daniel Boaventura), Ulisses (Eriberto Leão), Zenon (Thiago Rodrigues) e Nando (Reynaldo Gianecchini) engrossam o time dos mooquenses. Todos vizinhos na famosa Vila da Mooca. Para a construção das casas e ruas, a equipe de cenografia visitou a vila em São Paulo e mapeou várias ruas do local. “Nossa ideia não foi reproduzir fielmente cada casa, cada rua, mas sim trazer os elementos mais característicos da arquitetura e urbanização para aproximar o máximo da realidade”, conta Eliane. Por isso, será possível ver que cada casa possui uma calçada diferente, prevalecendo o azulejo típico da cidade com desenho de ¼ de círculo, que foi inclusive comprado em SP. Na cidade cenográfica, a vila é fechada por um pórtico com o número 1927, para remeter à década de maior crescimento na área. Na época, fábricas e casarios para os funcionários ocupavam o local. O ar histórico do bairro foi mantido e serviu de inspiração para a reprodução de casas geminadas. A proximidade entre as casas também reforça outro aspecto importante: a ideia de comunidade, em que um vizinho participa da vida do outro, fala alto e chama o outro pela janela numa deliciosa bagunça. No asfalto, pinturas de bandeiras do Brasil e símbolos de futebol, dando a entender que por ali os moradores se uniram em uma Copa do Mundo. Mais Mooca impossível!

O clássico impera no castelo dos Alcântara

Liderada por Isabela Sá, a equipe de produção de arte vibrou quando soube que Charlô (Irene Ravache) e Otávio (Tony Ramos) seriam moradores de um castelo. Logo pensaram, portanto, em encomendar peças e objetos suntuosos, grandes, dourados e clássicos. Na sala principal, estão dois imponentes quadros de Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), imortalizando os personagens da versão de 1983 e prestando homenagem aos grandes atores. As pinturas foram feitas através de antigas fotos e estão posicionadas estrategicamente em cima da lareira. “Todo mundo que entra na sala dá logo de cara com eles”, brinca Isabela. Para a biblioteca, todos os mil livros do ambiente foram confeccionados em couro para imprimir o tradicionalismo da mansão. E o brasão da família Alcântara? Esse é quase um protagonista de tanto que aparece. Esculpido em metal, será visto na proteção da lareira, no portão de entrada da casa, bordado na biblioteca para esconder o cofre, e até mesmo no anel que Otávio usa. Nos jardins, dois leões de topiaria (técnica de jardinagem que consiste em dar formas artísticas a plantas) dão boas vindas às visitas mostrando que por ali vivem duas pessoas muito austeras, quase nobres. Desenhados em isopor e moldados em resina, foram forrados com musgo e hera. Os objetos pessoais dos moradores não ficam para trás. No esporte preferido de Charlô e Otávio, a graça fica por conta das bolsas de tacos de golfe. O dele foi produzido em couro, reforçando a postura clássica de seu dono. A dela já tem um delicioso toque retrô com palhinha e couro claro. Tanta tradição não poderia faltar no ambiente de trabalho. As lojas Charlô’s oferecem a seus clientes lindas sacolas, em diversos tamanhos e formas, nas cores vinho e bege. A logo da marca, de forte estilo inglês, brilha em dourado. Para o Natal, que em breve chega, as sacolas serão temáticas e mudarão de cor. Dentro da Charlô’s, os estandes tem uma programação visual única e específica para cada tipo de produto. Fotos e imagens indicam as diferentes seções da loja. Tudo o que está exposto foi captado durante dois meses de pesquisa para que não parecessem objetos irreais. “Nos divertimos muito montando a loja. Primeiro porque fizemos tudo em tamanho real; segundo, porque nos permitiu ousar com o comportamento dos donos do local. Misturar o moderno com o conservador foi incrível”, resume Isabela.

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