
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou, nesta quinta-feira (09), a saída do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, que vinha sendo amadurecida desde sua saída da presidência do tribunal, foi comunicada e já movimenta os bastidores do governo e do Judiciário.
Barroso comunicou sua saída do cargo de ministro em sessão do plenário do STF, após julgamentos de ações trabalhistas. “Por 12 anos ocupei o cargo de ministro do STF tendo sido ministro nos últimos 2 anos. Foram tempos de imensa dedicação à causa da justiça e da democracia. A vida me proporcionou a bênção de servir ao país”, disse em carta de despedida lida no plenário durante a sessão.
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Emocionado, Barroso afirmou que, ao longo desse período, enfrentou dificuldades pessoais. “Nada disso me afastou de dar o melhor de mim. Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder”, afirmou.
Indicado ao Supremo em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, Barroso chegou à Corte após uma carreira marcada pela defesa de causas constitucionais e de direitos fundamentais. Ao longo de seus 12 anos como ministro, relatou casos de grande repercussão, como a suspensão de despejos durante a pandemia, a autorização de transporte gratuito nas eleições de 2023, e a limitação do foro privilegiado para autoridades públicas.
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A aposentadoria de Barroso estava prevista inicialmente para 2033, quando completaria 75 anos. O ministro afirmou que fará um “retiro espiritual” ainda este mês para definir os detalhes da saída, mas já comunicou sua intenção de deixar o cargo ao presidente Edson Fachin e a ministros do STJ.






