No quadro Hebe Visita, desta terça (13), Daniela Mercury abre o coração em uma entrevista exclusiva, gravada na casa de Hebe, em São Paulo. Antes mesmo da entrevista começar, Hebe contou do carinho que sente por Daniela. “No meu programa de despedida do SBT, eu não contei para ninguém que, no final, eu iria me despedir. E, quando eu fiz aquele agradecimento ao público, a Daniela não se conformava. Ela dizia: ‘Como, como? Aonde você for, eu vou’. Ela correu atrás de mim lá no carro e disse: ‘Hebe, conta comigo. Sempre’. Isso eu nunca mais vou esquecer. Existem momentos na vida da gente que realmente se tornam inesquecíveis e aquele marcou pelo seu carinho, Daniela. Eu senti que você me amava”. A cantora se emocionou com as palavras de Hebe e, durante o bate-papo, falou sobre a carreira e revelou detalhes da intimidade. Seguem trechos da entrevista:
Música
Quando eu era pequena, fazia ballet e ia de ônibus. Sempre reparava que as pessoas não davam lugar para o idoso, que não ajudavam as pessoas. Eu achava que as pessoas tinham que ter mais humanidade, mais carinho uns com os outros, então eu sempre levantava para dar lugar para uma pessoa mais velha ou quando alguém estava grávida. Até hoje eu dou carona no meio da rua para as pessoas. É um habito de lidar com a vida. Na década de 1970 e 1980, a gente tinha medo de não ter voz como cidadão. Um dia, dentro do ônibus, eu pensei: um dia eu vou gritar e ser ouvida. Se eu gritar aqui, nesse ônibus, indignada com a situação, vão dizer que eu sou louca ou vão me prender. E Deus acabou me dando a voz para cantar e para trazer alegria.
Energia nos shows
Eu tiro a energia da minha relação com a vida, da minha paixão por tudo o que eu faço, pelo povo e pelos meus objetivos de vida. Eu sempre fui inquieta, uma criança muito criativa. Sempre fui muito feminista, queria fazer as coisas para me afirmar como pessoa do sexo feminino, mas tinha uma coisa maior que isso que era o meu ideal de Brasil, de País e de comunidade.
Adoção
Estou em processo de adoção, estou adotando uma menininha. Eu sempre quis adotar, sempre tive certeza disso, desde menina. Eu quero, na verdade, adotar mais. A gente fica brincando que quando chega na casa de acolhimento (orfanato) dá vontade de levar um ônibus para casa. Ela já está em fase de adaptação lá em casa, Isabel, ave Maria, é uma folia. Por exemplo, já vi umas 40 vezes o filme RIO. Ela está com um ano e oito meses e se chama Ana Isabel.
Inveja
Já senti. Inveja natural, humana, ciúme, inveja. Eu acho que é tão humano isso, porque a gente acha que quando as coisas estão mais fáceis para o outro, a gente fica com inveja da facilidade que a vida fica para o outro. Tem horas que é mais fácil a vida mesmo, outras horas é mais difícil. Eu acho que é tão humano isso, tão compreensível. Dizer que a gente nunca sentiu inveja ou ciúme ou se incomodou com alguma coisa? A gente se incomoda.
Hebe vai ao ar terça-feira, 13, às 22h15, pela RedeTV!.