A atriz Betty Faria abriu o coração em conversa com o jornal carioca ‘O Dia’, para falar sobre o sucesso que a novela ‘Tieta’, que recentemente entrou no catálogo da plataforma de streaming Globoplay.
+ Betty Faria entra na Justiça para poder ver a própria neta
Protagonista da trama, Betty Faria fez uma avaliação sobre a mudança que a trama trouxe para a vida de muitas pessoas. Ela celebrou a ‘quebra’ de paradigmas que a novela fez para a população:
“Tieta representa a derrubada de todos os preconceitos. O povo está se identificando com ela agora. Todo dia vejo coisas na internet. Um trabalho que fiz há 30 anos hoje está trazendo coisas boas”, iniciou ela, que mostrou a força das mulheres na novela. Questionada sobre o feminismo, ela comentou: “Nunca me considerei uma feminista, mas li muito cedo, na adolescência, aos 16 anos, ‘O Segundo Sexo’, da Simone Beauvoir. Aquilo deu uma abertura na minha cabeça”.
+ Betty Faria relembra ‘Tieta’, que chega ao Globoplay
A famosa também comentou sobre um dos males da ‘fama’: o assédio. “O assédio não foi inventado agora. Não sofri assédio, mas passei por muitos. Se eu disser que sofri, me coloco como vítima, e eu não gosto. Passei por assédios e sobrevivi. As atrizes mais jovens hoje enxergam o assédio de outra forma. Passávamos por assédios, mas tínhamos vergonha de falar”.
Também na entrevista, a famosa comentou o colapso que o setor do cinema pode ter por conta da pandemia. Ela disse que tudo já começou ainda muito antes do coronavírus e que isso vem da própria população.
+ Sabrina Petraglia homenageia Betty Faria: “Minha mãe carioca”
Betty Faria explicou: “Parou tudo há dois anos e meio. O cinema brasileiro precisa destravar. Houve uma desmoralização dos artistas e do cinema. A população começou a ter antipatia pelos artistas”.