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Empresário rebate posição controversa de Bia Doria: “Venha conhecer o mundo real”

Um empresário, em conversa exclusiva com o Área VIP, acabou disparando contra a primeira-dama de São Paulo, Bia Doria, que fez um comentário controverso.

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Victor Arioli
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Bia Doria, que se envolveu em uma polêmica daquelas - Reprodução: Instagram
Bia Doria, que se envolveu em uma polêmica daquelas – Reprodução: Instagram

Nesta última sexta-feira (03), o Brasil não falou em outra coisa a não ser o comentário polêmico feito pela esposa do governador João Doria, Bia Doria, sobre as pessoas que estão entregando quentinhas para os moradores de rua.

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Na ocasião, Bia Doria comentou com a socialite: “Não é correto chegar na pessoa que está na rua e dar marmita, porque a pessoa tem que se conscientizar que ela tem que sair da rua. A rua hoje é um atrativo, as pessoas gostam de ficar na rua”, disse ela.

O assunto se tornou um dos mais comentados do Twitter e muitas pessoas rebateram as afirmações da primeira dama do governo do Estado de São Paulo. Em conversa exclusiva ao Área VIP, um empresário, que está entregando marmitas na capital, falou sobre as afirmações da esposa do político.

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Sérgio Ferreira, de 45 anos e proprietário da Oggi Eventos, que criou a ‘Elo Solidário SP‘, ação de sua empresa que, todas as terças e quintas-feiras, entrega cerca de 1000 quentinhas para os moradores da Praça da Sé, no centro da cidade de São Paulo, comentou:

“Eu concordo que não é correto doar marmitas para pessoas na rua. Assim como não é correto que a cidade mais rica do país tenha 24 mil pessoas morando nas ruas, o que representa 25% do total de moradores de rua do país inteiro. Se eu estivesse dando esse depoimento da minha cobertura, palácio ou da minha casa cercada por seguranças, carros na garagem, geladeira cheia e com todo o tipo de fartura que você possa imaginar, eu encerraria por aqui”, iniciou ele.

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O empresário seguiu: “Porque esse é o mundo ideal que qualquer pessoa vislumbra.
Mas quando você visita o mundo real, a complexidade é enorme. Não dá para generalizar a situação dos moradores de rua – a população das ruas tem histórias diferentes uma das outras. E posso te dizer, que a grande maioria não mora nas ruas por opção. Essa pandemia, por exemplo, deixou muitas pessoas desempregadas e em situação de miséria. Famílias que estão nas ruas porque não têm dinheiro para pagar aluguel ou R$5,00 no bolso para comprar um pacote de feijão. Nas ruas há crianças desnutridas não porque os pais são vagabundos, mas porque eles não tem nenhuma condição de prover o básico para seus filhos. Muitas pessoas nos pedem empregos todos os dias”, seguiu.

O projeto do empresário – Reprodução: Divulgação

Em seguida, ele deixou um questionamento para a primeira-dama: “A minha pergunta é: quando você vê essa realidade e está com outras pessoas dispostas a promoverem o mínimo de dignidade para essas pessoas que são vítimas de um sistema extremamente falho, parcial e negligente, o que fazer? Ignorar? Não doar nada porque a solução são os abrigos?”.

Sérgio Ferreira prosseguiu: “Por falar em abrigos ou projetos liderados pelo governo, em 4 meses que estamos alimentando pessoas nas ruas do centro de São Paulo, eu nunca vi nenhuma equipe do governo abordando moradores de rua ou fazendo algum trabalho para levar essas pessoas para esses abrigos públicos. O que me leva a crer que é muito fácil tirar qualquer conclusão quando estou protegida por meus muros luxuosos. E é por isso que a maioria desses projetos são falhos: eles são desenvolvidos por pessoas indiferentes à realidade alheia”.

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Já encerrando, ele criticou, mais uma vez, a frase dita por Bia Doria “Nós estamos falando de pobreza absoluta, miséria. Infelizmente os projetos sociais apoiados pelo governo não são suficientes e não temos políticas públicas para solucionar esse problema. Quem se destaca nesse cenário são as Organizações Não Governamentais e Instituições Religiosas que suprem uma necessidade que o governo ou ignora ou não tem condições de suprir por conta própria. Por isso, quando uma pessoa vinculado ao governo critica o trabalho de aliados, que podem inclusive fornecer informações que o governo possivelmente desconhece, coloca à nossa frente no mínimo uma atitude irresponsável”.

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