O diretório municipal do Partido Liberal (PL) de Rio Claro (SP) anunciou, nesta segunda-feira (3), a expulsão de Amanda da Silva Servidoni após denúncias sobre um suposto esquema de “cashback” na liberação de emendas parlamentares. A decisão, assinada pela presidente da sigla na cidade, Edymeia Bueno Garcia, foi unânime e já comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Segundo o partido, a medida foi baseada no estatuto da legenda, que prevê punições a filiados que comprometam sua imagem. Em nota oficial, o PL afirmou que o caso trouxe “sérios danos à imagem do partido”.

Denúncias e áudios polêmicos

As acusações contra Amanda vieram à tona após uma reportagem do Metrópoles, que divulgou áudios de WhatsApp em que a ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Rio Claro discute valores e percentuais de retorno de emendas. Em uma das gravações, ela diz:

“Ele vai gastar 100 mil com a pista. E nós estamos dando 300. Desses 300 eu quero pelo menos uns 100. Não quero 10%, filho.”

Em outro trecho publicado pelo portal, Amanda critica um projeto voltado a um hospital veterinário e afirma: “enfiar os cachorro [sic] no meio do c*”.

Ligação com projeto social e figuras políticas

Amanda presidia o projeto “Mulheres pela Fé”, que tem como madrinha a secretária estadual de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro (PL). No mês passado, Valéria inaugurou um escritório político em Rio Claro no mesmo endereço do projeto.

A filiação de Amanda ao PL ocorreu em 2 de junho, em evento com Valdemar Costa Neto e a própria Valéria. Em nota, o diretório reafirmou “compromisso com a ética e o respeito aos que acompanham o trabalho do PL”.

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A Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher esclareceu que não possui vínculo com o projeto e que a aplicação das emendas é de responsabilidade das prefeituras e órgãos de controle.

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