O "Irritando Fernanda Young" reapresenta a entrevista de Eva Wilma neste domingo, dia 4 de abril. Nascida numa época em que utilizar nome artístico era uma prática comum, Eva Wilma é o próprio nome da atriz, por mais sonoro que pareça. Antes de se tornar atriz, o sonho de Eva Wilma era ser bailarina. A atriz atribui o sucesso de sua carreira à dedicação aos estudos e à disciplina, que também aprendeu em casa.
Com mais de 97 premios na bagagem, até a atriz Regina Duarte chegou a dedicar um premio recebido à Eva Wilma. Como a própria Eva conta: "Eu estava me arrumando para ir a algum evento social ou algo assim, e eu estava assistindo. Ela pegou o premio e disse: ‘Eu agradeço. Mas esse premio não é meu, esse premio é da Eva Wilma pelo trabalho dela nas duas gêmeas de Mulheres de Areia". Muito elegante, a entrevistada ficou surpresa e foi para o Rio de Janeiro levando flores para a Regina Duarte.
Quando o assunto é seu casamento com o Carlos Zara, Eva se emociona: "Foram 23 anos de felicidade e teriam continuado, mas ele resolveu ir embora antes". Mas não acredita em destino, acredita mesmo em sorte, como na receita do Paulo Autran: "A inclinação, o talento, a vocação correspondem a mais ou menos 10% da história. 85% é o trabalho, a força, a perseverança, o estudo. E 5% é a sorte".
Uma das perguntas do quadro "Hipoteticamente Falando", se a Eva preferia falar com a voz do Mickey pelo resto da vida ou falar com a voz do Pateta durante cinco anos, remeteu a atriz a um momento curioso de sua carreira: "O primeiro filme que eu fiz, o diretor falou: ‘Sinto muito, você vai ter que ser dublada’. Quando eu ouvi a minha voz, eu quase desmaiei. Realmente, no meu primeiro filme, eu tive que ser dublada. Eu devia ter a voz dos dois juntos. Aí eu fui estudar. Muito, muito, muito. Sempre".
Em mais uma revelação, Fernanda conta que ela e Alexandre Machado criaram a personagem da mãe do Rui de "Os Normais" para a Eva Wilma porque ele era apaixonado pela atriz por conta do sitcom "Alô Doçura". Fernanda também pergunta qual o tipo de mulher que a Eva implicaria, não querendo que fosse sua nora: "De vez em quando esse tipo que você (Fernanda) faz". É o momento da gargalhada geral da plateia e Fernanda concorda, dizendo que também não gostaria de ter uma nora como ela mesma.
Pouca gente sabe, mas a atriz foi chamada para fazer um teste como diva latino-americana para um filme do consagrado diretor Alfred Hitchcock. Depois de chegar sozinha em Los Angeles, ela ficou cara-a-cara com o ícone do cinema. "Fui recebida por ele e por toda a equipe. Ele olhou para todos e falou: ‘O que é que nós vamos fazer com o dente dela?’", relembra. O nervosismo aumentou e ainda teve que responder um questionário feito por Hitchcok com a câmera em close nela. Três meses depois, o agente ligou dizendo que o diretor havia escolhido a atriz alemã: "Eu realmente fiquei muito decepcionada, muito frustrada. O único consolo que eu tenho é que "Topázio", que era o filme, não foi um dos bons filmes do Hitchcock e muito menos o papel da latino-americana".
Irritando Fernanda Young no ar todos os domingos, à meia-noite no GNT.
