Nesta quinta-feira (19), após ouvir os depoimentos de funcionários do quiosque localizado na orla da Barra, no Rio de Janeiro, a delegada Adriana Belém, responsável pelo caso envolvendo a youtuber Karol Eller, que disse ter sido agredida no último domingo (15), voltou atrás em sua avaliação, onde afirmou que a agressão foi “um caso típico de homofobia”.
Durante uma entrevista à Época, a delega titular da 16ª DP, afirmou que o acusado, Alexandre da Silva, de 42 anos, não será mais investigado pelo crime de injúria por preconceito, mas por lesão corporal. Além disso, disse que cogita indiciar Karol e também sua namorada, a policial civil Suellen Silva dos Santos, por denunciação caluniosa.
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O motivo da mudança na decisão é porque após segundo Adriana Belém, as versões apresentadas pelos funcionários do quiosque coincidem com a descrição feita pelo acusado sobre o episódio. Todos eles afirmaram no depoimento que a youtuber manuseou uma arma, que chegou a colocar na cintura.
Os funcionários ainda afirmaram que Karol iniciou a briga e parecia estar alterada quando foi confrontar o acusado pelo espancamento. a delegada irá ouvir a youtuber e também a namorada antes de decidir indiciá-las.
“Existem dois crimes sendo apurados, a lesão corporal e a injúria por preconceito. Mas este segundo já ficou descartado pelas testemunhas do quiosque e pelas imagens das câmeras de segurança do local”, disse Adriana Belém.
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Karol, em entrevista à Época, ressaltou que foi xingada. “Alguém que quer só se defender, não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu do local do crime”, afirmou.
Ela ainda falou sobre o comportamento homofóbico do então acusado. “Ele assediou minha namorada. Disse palavras de baixo calão pra mim. Me chamou de sapatão. Me provocou dizendo (repetidas vezes): “Você não é homem? Você é muito macho?”, contou a youtuber.
Alexandre da Silva, em mensagem enviada à reportagem após o depoimento prestado na delegacia da Barra, criticou as “inverdades” que estariam sendo propagadas. “Foi uma agressão mútua. Ela veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu, e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito. Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista”, afirmou ele.
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